Rua XV
Zippin, lá se foi o bom homem das balas de amor
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de outubro de 1981
Ontem a Rua XV de Novembro estava mais triste. Especialmente o trecho entre as ruas Dr. Murici e Barão do Rio Branco, onde, durante muitas décadas, diariamente os curitibanos de mais idade e que ali tem parte de seu cotidiano, encontravam um senhor de cabelos brancos, rosto avermelhado, um sorriso permanente. Sempre uma palavra amiga, um cumprimento cordial, em paz para o mundo, um afeto ao seu semelhante. Desde o final da tarde de sábado, inesperadamente, a nossa cidade ficou menor em termos de pessoas admiráveis. Morreu o advogado Dalio Zippin.
Tempô desaparece com o crescimento da C&A
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de novembro de 1980
Quem aprendeu a gostar da deliciosa comida japonesa carnes preparadas com técnicas milenares do velho Oriente - está perguntando para onde foi a "Churrascaria Tempô", que funcionava no prédio 37 da primeira quadra da Rua Marechal Deodoro. Como aquele prédio, junto como o de número 31, foram adquiridos por Cr$ 140 milhões pelo grupo C&A, a churrascaria fechou e, temporariamente, só restam dois restaurantes japoneses em Curitiba: o excelente Kamikaze, em Santa Felicidade e outro, mais modesto, nas imediações do Mercado Municipal.
A valorizada Rua XV
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de novembro de 1975
Mais um prédio da Rua XV de Novembro mudou de mãos: o número 359, ao lado da Loja Binoca, onde funciona "Modas José", foi vendido por cerca de Cr$ 4 milhões (nestas operações dificilmente sabe-se a cifra exata) e o novo proprietário tem planos e instalar novo estabelecimento no local. A valorização dos imóveis da Rua XV continua em escalada geométrica, com prédios e pontos comerciais triplicando de preço a cada semestre. Que o diga o simpático Hussein Hamdar, que há pouco vendeu o prédio onde está sua loja de calçados "Omar" e comprou os edifícios Heloísa e Carlos Monteiro.
Pedalar é preciso...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de maio de 1977
Pedalar da status e não faz mal ao bolso (além de ser um excelente exercício). Tanto é que, como a supérflua gincana anual que o Curitibano Júnior promovida dentro de seu Festival de Maio, com queima de milhares de litros de gasolina nas estrepolias das equipes participantes, incomodando meia cidade, foi cancelada, num momento de lucidez dos diretores do clube. E, para substitui-la, nada melhor que um passeio ciclístico. Também o jovem Luís Carlos Assad, presidente do Thalia Júnior , teve uma boa idéia: organizar uma gincana, em que as equipes participarão com bicicletas.
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A Cidade & O Tempo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de outubro de 1974
Com dedicação, coragem e honestidade, um jovem e competente arquiteto, Sergio Todeschine Alves, 32 anos, diretor do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria da Educação e Cultura, está procurando aplicar, 21 anos depois de sua promulgação, uma lei criada para preservar a beleza e a arquitetura da cidade.
Zig-zag
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de junho de 1974
O advogado Francisco Leite Chaves, candidato do MDB ao Senado, conta com um expressivo handicap em sua campanha: possui um avião, com o qual vai percorrer todos os municípios do Estado onde existem condições de pouso.
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Laila Cury, diretora executiva do Centro Cultural Brasil Estados Unidos, é quem ficou coordenando as atividades culturais da USIS no Paraná desde que William Graves se transferiu para a Guanabara. Agora Laila comunica o concerto do Quarteto de Cordas Portland, na próxima segunda-feira no auditório da Reitoria.
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Pronto -Sexo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de junho de 1974
Um grupo de velhos curitibanos tomando o sol da manhã ontem na Rua XV, lendo um pequeno anúncio publicado em "O Globo" sobre a instalação de Pronto-Sexo (Serviços de Urgências Sexuais) para tratamento urgente dos distúrbios e doenças sexuais, na Guanabara, comentava a falta que um serviço semelhante faz há tempo em Curitiba: alguns casos aconteceram que talvez se enquadrassem em tais urgências.
A Cidade & O Tempo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de junho de 1974
Admirado e estimado por sua generosidade e constante bom humor, o advogado Dalio Zippin, 62 anos, 39 de profissão, colocou à venda, há 5 anos, a sua ampla propriedade no Seminário, que adquiriu em 1934 por trinta e quatro mil contos de reis, "quatro que não tinha a trinta de hipoteca". A oferta de Cr$ 1.800.000,00 chegou tarde, quando ele já tinha feito uma correção no valor do imóvel, de forma que agora - preocupado em vender a propriedade e repartir o total entre seus cinco filhos, faz nova proposta.
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Os Homens & Os Fatos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de junho de 1974
João Paulo de Oliveira Mello, de 27 anos, proprietário da Tipiti Dog, adquiriu na quinta-feira o Pogo's, lanchonete pertencente a Sra. Dixie Pereira, cunhada do ex-ministro Ivo Arzua e que há 3 anos funcionava no alto da Rua XV. Tendo anteriormente comprado o M'Lekas e o Guaíra's Hamburgers, João Paulo só enfrenta agora a concorrência da Vovó Lalá - ex-Berimbau, título por sinal que ele já tinha registrado nacionalmente e que teve que ser abandonado pelo seu oponente no mercado do cachorro-quente na cidade.
Os livros de Marcia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de julho de 1974
Depois de Cassandra Rios, Adelaide Carraro e Brijite Bijou, surge uma nova "autora" de best-sellers eróticos no Brasil: Marcia Fagundes Varella. Na vitrine da principal livraria da Rua XV, uma dezena de brochuras, com tentadoras capas, atraem os possíveis consumidores da nova romancista (sic), cujas descrições do amor deixam anos-luzes atrás, suas antigas concorrentes. Aliás, atualmente, um dos negócios mais lucrativos para ghost-writters de imaginação está em escrever livros deste gênero - que vendem aos milhares em todo o País.
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