Rita Lee
O talento que faz jovem uma peça escrita em 1891
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de março de 1987
"Uma geração passa e outra geração vem; mas a Terra para sempre fica (...)
O Sol sempre nasce e o Sol se põe e apressa-se para o lugar onde nasceu".
(Eclesiastes)
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Quando escreveu "O Despertar Da Primavera", Franke Wedekind (Hannover, 1864 - Munique, 1918) tinha 27 anos. Já havia tido muitas experiências afetivas e profissionais: foi secretário de um circo itinerante e tornou-se ator - representando, no futuro, suas próprias peças.
Kali, um belo som das lindas meninas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de maio de 1986
Na clássica comédia de Billy Wilder, "Quanto Mais Quente Melhor" (Some Like It Hot, 59), por sinal sendo relançado nos circuitos comerciais, Tony Curtis e Jack Lemmon perseguidos por gangsters de Chicago, vão se esconder numa orquestra só de mulheres, na qual se encontram com Marilyn Monroe (1926-1962), no auge de sua beleza e sexualidade.
Garfunkel, os netos que preferem música
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de novembro de 1985
Netos de um casal de franceses que ofereceu a maior contribuição à vida cultural de Curitiba durante quase 40 anos, os jovens Jean e Paul Garfunkel não seguiram as carreias dos ilustres avós. Não se dedicaram nem ao magistério - como a inesquecível madame Helene Garfunkel (1900 - 1982), que aqui fundou, no início dos anos 40, a Aliança Francesa - nem a pintura, da qual Paul Garfunkel (1901 - 1981) foi um dos grandes mestres.
O rock dos veteranos Rita e Erasmo Carlos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de novembro de 1985
Frente ao esquema repetitivo e frágil dos "novos" compositores e intérpretes jovens, superproduzidos neste mercado tão descartável, ainda se tem que admirar ao menos a competência profissional dos que vieram dos anos 60 e mesmo passando já há muito dos 30 anos (e diziam que não se deve confiar em ninguém com mais de 30 anos ...) mostram ao menos alguma ironia em suas musicas.
Quando o visual do rock vale mais que o musical
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de novembro de 1985
1985 começou com o quente Rock In Rio e termina com o escândalo envolvendo os integrantes do grupo Titãs, presos em São Paulo, por uso e mesmo tráfego de droga pesada. Isto reflete um ano em que a música perdeu para o marketng dito jovem, explorado ad-nausea não só pelas grandes gravadoras mas até adotado por selos altenativos, como a Baratos Afins, que mesmo sem esquema maior de divulgação, inundou o mrecado com uma dezena de Ips de grupos de roqueiros paulistas.
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Tom Zé, tributo para o baiano tropicalista
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de fevereiro de 1985
"Eu sofro de juventude
Essa coisa maldita
Que quando está quase pronta
Desmorona e se frita"
Colchas de sucesso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de janeiro de 1985
A montagem de discos com fonogramas de diferentes artistas – garimpados entre os sucessos de cada trimestre – é fórmula tão antiga quanto o próprio elepê. Desde que saíram os primeiros longa-durações, no início dos anos 50, as gravadoras sempre viram nisto uma receita certa de fazer discos populares, atingindo aquelas camadas humildes e menos exigentes que desejam perpetuar, num único (e econômico) elepê as canções que sazonalmente são popularizadas por suas audições no rádio, e, a partir dos anos 60, apresentações na televisão.
Tabajara, o magnífico som que volta
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de setembro de 1985
Domingo passado, no "Up to date", do suplemento "Cláudio", comentamos a importância do relançamento, em cópia dolby, 35 mm e com 11 minutos inéditos de "Música e Lágrimas" (The Glenn Miller Story), EUA, 1954, de Anthony Mann (previsto para breve no circuito CIC) como fator capaz de motivar um novo interesse das gravadoras (e do público, naturalmente) pela música maravilhosa das "big bands:.
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Rumos do bom humor em camisa de Vênus
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de setembro de 1985
Entre as características da MPB nesta década, uma, sem favor, é a (re)descoberta do humor. O sorriso sempre coexistiu com a melhor música popular - e das ironias de Noel Rosa às irreverências erótico-políticas de Rita Lee (por sinal, saindo com seu novo elepê) há muita coisa a ser explorada - como, aliás, Tarik de Souza fez num brilhante texto que leu por ocasião da l (e única) Feira do Humor, há alguns anos, em Curitiba.
O humor e a emoção no canto de Clara
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de março de 1985
Salvo engano, coube ao sempre arguto e bem informado Ilmar de Carvalho, jornalista catarinense há muitos anos radicado no Rio de Janeiro, o primeiro a observar a importância do surgimento de Clara Sandroni na MPB. Tomando conhecimento de seu disco independente ainda no ano passado, Ilmar não teve dúvidas: incluiu a deliciosa e bem humorada "... do cavalo do bandido" (Nestor de Hollanda Cavalcanti/Hamilton Vaz), gravada por Clara, como uma das dez melhores músicas de 1984, no referendum que divulgamos no suplemento CLÁUDIO.