De quando em vez a editora da Universidade Federal do Paraná dá sinais de vida. Ontem, por exemplo, na Sala Homero Barros do Edifício D. Pedro I, o professor Joahnn Melchers Hustado, do Departamento de Métodos e Técnicas da Educação, autografou nada menos que três livros - todos técnicos quilometricos : << Educação Física Pré-Escolar e Escolar - 1ª e 4ª Série: Uma Abordagem Psicomotora >> , << O Ensino da Educação Física: uma abordagem didática >> e << Glossário Básico de psicomotricidade e ciências afins >> . Ufa!

NA noite de quarta-feira, 29, se não fosse a chegada exatamente às 22k01min, de um quinto solitário espectador, o Sr. Ari, gerente do Cine Lido, não teria outra alternativa do que cancelar a última sessão de "Os Homens Que Eu Tive". Afinal, para 4 espectadores, não havia sentido em fazer uma projeção que fica ao redor de Cr$ 250,00, sem contar despesas adicionais.

Bastaria uma seqüência de "Uma Mulher Descasada" (Cine Astor) para justificar o prêmio de mulher atriz a Jill Clayburgh no Festival de Cannes-78 e a tremenda injustiça que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, mais uma vez, cometeu, ao preferir dar (pela 2.ª vez) o Oscar de melhor atriz-78 a Jane Fonda (por "Amargo Regresso", de Hall Ashby): os 115 segundos que se sucedem a revelação do marido, Martin (Michael Murphy) de que há um ano já tem uma amante, Márcia, e que deseja se separar. Martin faz a revelação após um almoço numa lanchonete e emociona-se lágrimas.

Em "Alice Não Mora Mais Aqui" ( Alice Does`nt live here anymore, 74, de Martim Scorcese) cantor-ator Kris Kristofferson interpretava um personagem que seria uma espécie de identificação de um novo tipo de galã do cinema contemporâneo americano: másculo sem machismo, gentil e compreensivo, símbolo, antes de tudo da segurança.