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Nossos instrumentistas e suas poucas chances

São tão poucas as chances no Brasil para um instrumentista desenvolver um trabalho e solista com maior criatividade, que é compreensível que os nossos bons músicos se agarrem com unhas e dentes nas raras chances que lhe aparecem de fazerem discos em que possam se destacar instrumentalmente, fazendo a concessão de gravarem músicas comerciais - de fácil agrado.

Sá & Guarabyra e Rodrix sozinho

O encontro do compositor cantor Guttemberg Guarabyra, revelação do FIC 67 (com colcha de retalhos "Margarida"0, com o jornalista compositor Luis Carlos Sá e com o músico compositor Zé Rodrix, resultou num dos mais importantes grupos vocais instrumentais entre o final de 1972 até há [poucos] meses o Sá-Rodrix-Guarabyra.

Portinhal, José, os Roberto e Ed a quem interessam ouvir!

Anotem os nomes de Hélio Portinhal e Ed Carlos. Não são sambistas nem compositores de expressão. São apenas jovens cantores lançados na tentativa de conquistarem uma faixa de público que embora humilde dispõe, religiosamente, de uma verba regular para adquirir os discos de seus ídolos. E que vem assim garantindo a presença de Altemar Dutra, Agnaldo Rayol, Agnaldo Thimoteo e outros [intérpretes] da mesma linha nas paradas de sucesso.

O canto desesperado consciente de Gonzaguinha

Há pouco mais de um ano, quando Luiz Gonzaga Jr. Fez [três shows no Paiol poucos foram aplaudir o seu espetáculo. Na Guanabara, São Paulo e outras cidades foi a mesma coisa. Mas o artista não ficou decepcionado e nem considerou como fracasso o reduzido [número] de espectadores. Cantou suas músicas e algumas de outros compositores, incluindo uma (re)valorização de um clássico sertanejo, "Boneca Cobiçada" (Palmeira/Biá), dialogou com o público, trocou idéias. Luiz Gonzaga Jr.

O eruditor-popular de Gismonti e a grande ternura de Johnny Alf.

"Se Vinícius de Moraes existe tudo é permitido". (Nelson Rodrigues) Se não fosse um dos três maiores poetas deste País, excelente compositor e grande amigo, Vinícius de Moraes já estaria na história de nossa MPB pôr um fato: o de ter libertado o compositor da necessidade de boa voz para poder interpretar suas canções. Há dois anos, ao longo de um Shevas o Regal, o poetinha confessava: "Eu comecei a cantar somente para dar as minhas músicas a interpretação que eu achava que elas mereciam. Só por isso..."

Música

Dois lançamentos menores nos suplementos da CBS e Odeon, mas ambos de aceitação popular. O primeiro é mais um lp da série de discos comerciais gravados por Renato e seus Blue Caps, conjunto que se especializou em versões de sucessos do momento, a maioria traduzidas por Rossini Pinto, também produtor de discos. No novo volume da série (CBS, 137828), temos além das indefectíveis versões também composições de Lilian Kanpp-Márcio Augusto ("Não me Interessa"), Renato Barros-Rossini Pinto ("Se Você Soubesse") e uma nova dupla, Amaury-Altanir ("Mentira").

Música popular - O bom samba dos mestres Ismael e Elton Medeiros (e uma grata revelação)

Duas das mais agradáveis surpresas do final de 1973 foram os lançamentos dos discos de Elton Medeiros e Ismael Silva dois dos mais representativos de nossos sambistas e que há muito mereciam gravar novos lps, eles que há tantos anos - Ismael há quase 50, Elton no mínimo há 15 - tanta contribuição vem dando à nossa legítima MPB, com criações inspiradíssimas e que tem sido cantadas em todo o País.

O azul som de Caetano e os hermeticos ruidos de Walter

Há algumas semanas, quando Carlinhos Lira, Euclides Cardoso, Nonato Buzar e eu, ouvíamos pela primeira vez, << Miss Breve >> de Edu Lobo, em seu aguardado álbum (há quatro anos não gravava) a primeira reação foi surpresa. Euclides diretor da Rádio Iguaçu um dos Homens que melhor conhece musica popular no Paraná ponderado e lúcido arriscou-se a um comentário:
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