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Aramis

Brayner, a troca do uniforme pelo pincel

Leonel Brayner, carioca que residiu alguns anos em Curitiba - quando, capitão do Exército, servia no quartel do Boqueirão - há tempos trocou a farda pelos pincéis. Quando ainda se mostrava indeciso em termos artísticos, encontrou em Jorge Carlos Sade o experiente marchand-de-tablaux que o animou a seguir a carreira de pintor, em termos profissionais. Uma primeira exposição na Acaiaca - e lá se vão alguns anos - teve resultado estimulantes. xxx Mas seria em Salvador que Leonel se profissionalizaria totalmente como pintor. Deixou o Exército e passou a se dedicar a pintura, numa linha muito própria. e suas individuais tem se sucedido, não apenas em Salvador, mas em outras capitais - com aceitação cada vez maior. No próximo dia 9, na galeria Época (Rua João Gomes, 246 - Rio Vermelho), Leonel estará fazendo sua nova individual, desta vez com trabalhos que mostram uma nova proposta. xxx Falando em exposições, não poderia ser maior o sucesso da vernissage de Peter Potocky, terça-feira, na Acaiaca. Centenas de amigos e admiradores deste homem que só começou a pintar aos 62 anos, foram abraçá-lo. Potocky, na juventude de seus 82 anos, é um exemplo para novas gerações - com sua ternura, simplicidade e simpatia, além de uma modéstia. Ao contrário de tantos << pícaros >> que, como diz o irreverente Fernando Velloso, só prejudicam o nosso mercado de artes plásticas. De hoje a domingo, na Cinemateca do Museu Guido Viaro, um documentário sobre a nova música que surge em São Paulo: << cos Urbanos >>. Foi realizado pelos jovens Nilson Vilas Boas e Maria Rita Kell e focaliza vários grupos e instrumentistas que, por sinal, estão vindo a Curitiba, dentro do projeto << Boca no Trombone >>, idealizado por Fernando Alexandre, do Lira Paulistana. No Paiol, até domingo, apresenta-se a Banda Freelarmônica, que já tem um elepê na praça. Em complemento do show, a Banda de Lá, formada por músicos amadores de Curitiba. A advogada Eny Carbonar, que por mais de seis anos foi a diretora da Penitenciária Feminina, em Piraquara, apesar de aposentada do Estado, continua interessando a área: aproveitará sua viagem aos Estados Unidos para visitar vários presídios. Falando em Eny, seu irmão, o embaixador Orlando Soares Carbonar, ex-jornalista da << Gazeta do Povo >>, e hoje um dos mais importantes diplomatas brasileiros, é quem está auxiliando o cirurgião-dentista Mário Thomaszeck a enviar para entidades e personalidades do meio musical, em várias partes do mundo, o emocionante álbum duplo << Piano imortal - Luiz Thomaszeck >>, que Mário editou com base em tapes feitos durante concertos dos jovem pianista no auditório da OEA, em Washington e Sala Cecilia Meireles, entre os anos de 1969/71. FOTO LEGENDA 1- Brayner: exposição em Salvador FOTO LEGENDA 2- Eny: prisões americanas
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
21/10/1983

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