Login do usuário

Aramis

BUZAR, SONS DESDE 1964

Consagrado por sucesso como << Vesti Azul" e as trilhas sonoras de telenovelas << Irmãos Coragem >> << Verão Vermelho >>, << O Homem Que Deve Morrer >> e << Assim Na Terra como No Céu >> Nonato Buzar vai revelar uma nova faceta de seu talento, neste fim-de-semana. Em dois concertos amanhã e sábado, 21:00 horas; auditório da Reitoria) vai se apresentar acompanhado pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Paraná e grupo Os Metralhas. Ao Lado de seus temas mais conhecidos, Nonato mostrará uma obra que compôs em homenagem ao maestro Antônio Carlos Jobim e, em estréia nacional, uma suíte que fala muito de nosso Estado: << Os Desbravadores >>. Para quem pregou-se ao vídeo do aparelho televisor durante a exibição das novelas "Verão Vermelho", Irmãos Coragem", "Assim na Terra como no Céu", "O Homem que Deve Morrer", "Minha Doce Namorada", "Pigmaleão 70" , "O Cafona" "Beto Rockfeler", ou então na tela de qualquer cinema da cidade com o filme "O Donzelo", Nonato Buzar não é qualquer compositor. Mas se essa aproveitação somente não bastar, está aí uma vida inteiramente voltada para os sons, cuja carreira foi iniciada em 1964, juntamente com a revolução brasileira. Não nascido, o significado de seu nome, nada tem a ver com seus primeiros momentos de vida, entre o choro de quem descobre o mundo, descortina suas cores e seus ruídos sonoros Cresceu ensaiou, estudos, compõs para Elisete Cardoso, Os Cariocas e nora Ney gravarem suas primeiras composições. "Primavera". "Do Ré Mi" e outras peças clássicas da música antiga, ganharam com ele, ritmos contagiantes e novos que conquistaram o Brasil inteiro e substituiram, nas buates as músicas importadas por ritmos e músicas autenticamente brasileiras. "Vesti Azul", "Lá Vem Ela" (com Chico Anísio), "Uni Duni Te" "Deixe Todo Mundo que quiser falar", "Menina do Portão" e "Sinhazinha" foram brotando de um gênio musical ainda incipiente, mas que demonstravam o vigor de quem entende do terreno em que está pisando. Nonato deixa sua primeira fase - a música popular brasileira - e ingressa numa outra mais difícil, mas complicada onde o sentimento próprio deve estar "engatado" ao sentimento e á inspiração do autor de telenovelas E inicia então a era das trilhas sonoras para novelas Ao lado da dramática "Irmãos Coragem", ou d "O Homem que Deve Morrer" sonoriza "O Cafona" e dá colorido sonoro para "Beto Rockfeler", o bicão. Sobre as pautas musicais, no entanto, não esquece de atirar composições para os Festivais, "Razão de Cantar" aparece num dos Festivais Internacionais da Canção, ao lado de Chico Anísio e no Festival da Record confiou a Wilson Simonal a música "Milagre", reservando para a Bienal do Samba "Alô Helô". No mesmo tempo, os cantores conhecidos do sucesso brasileiro, recebem nova "enxurrada' de composições populares para entregarem ao Brasil inteiro: "Olho D` Água", "Canção de Chorar" "Não tem Pedrão", "O Vagador", "Uma Ordem e Sim senhor", entre outras. Caubi Peixoto, Claudete Soares, Maisa, Simonal, Silvio Cesar e Jair Rodrigues foram alguns intérpretes do veio musical de Nonato, que, em algumas ocasiões aliava-se a Paulinho Tapajós, Rui Guerra, Wilhian Prado, Paulo Sérgio Valle, Nelson Mota, Chico Anísio e Roberto Menescal. Sem conhecer fronteiras, sons mortos de Nonato, atira dos sobre o papel, estão nas gravadoras da França, Argentina, Finlândia, Alemanha e Itália, para sonorização. Foi, inclusive, contratado pela MCA, editora dos Estados Unidos, como compositor exclusivo durante dois anos, sob a condição de apresentar volume de composições superior a quarenta. Neste trabalho, demonstrando amizade fiel, continua com os mesmos parceiros, incluindo outros novos como Heitor Valente, com o qual compôs "Vou de Você", "Caiobá", "Reza Cabocla" e , além de "Maria do Adeus" e "Janela do Mundo" e outras ainda sem título, inéditas. Autor ainda de jingles para vários produtos, "Samba Carioca" e "Cem Milhas" do filme "O Donzelo" , Nonato conta em seu repertório mais de 90 obras, que anexadas às regravações somam mais de 600. Recebeu já quase todos os troféus da televisão brasileira, entre os quais destaca-se o troféu "Pinheiro de Ouro" que lhe deu o título de melhor compositor de 1972, com "Missa Norte em ação de graças ao talento de Tom Jobim". Extremamente eclético, compondo para todos os gêneros, Nonato é, em se tratando de música, um "não nascido", pois que a cada nova criação sua mais se revela mais promete. A suíte, em composição atualmente, é considerada pelo próprio compositor como sua melhor obra. Receberá o título de "O Desbravador".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
1
12/04/1973

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br