Caras (e vozes) novas do pop
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de setembro de 1991
Uma nova cantora da linha pop chega ao Brasil: Amy Grant. Ela tem uma carreira bem curiosa: só no início deste ano, nos EUA, explodiu com "Baby Baby", faixa de trabalho de seu mais novo disco ("Heart in Motion", A&M Records/Polygram), que representou uma virada de 370º pois começou bem menos elétrica: era a garotinha que cantava nos corais da igreja e colégio e todo dia encontrava tempo para "peruar" auditivamente no quarto das três irmãs mais velhas, loucas pelo som dos Beatles, Byrds e proibidíssimos The Doors (que com o filme de Oliver Stone voltam a ser curtidos).
Mas apesar de amar os Beatles e os The Doors, Amy começou cantando músicas evangélicas, mas já inspirada na técnica e no talento de Carole King, Bonnie Raitt e Linda Rontadet. Foi neste estilo bem comportado de ser e cantar que - pasmem! - vendeu 10 milhões de discos que lhe renderam também cinco Grammies. Agora, quer emplacar com o som mais pop e não está se dando mal: "Baby Baby" chegou ao primeiro lugar na "Hot 100" da revista "Billboard".
Outra bela garota que também ama a música eletrificada e que chega ao Brasil: Deborah Harry ("Def Dumb & Blonde", Chrysalis/Polygram), no qual mistura composições próprias ("Sweet and Low", "He is So", "Brite Side", "Bugeye", "End of the Run"), com até uma composição do pernambucano Nana Vasconcelos (e Mário Toledo - "Calmarie"). Nana viveu há mais de 20 anos no Exterior e depois de anos de parceria instrumental com Gismonti firmou-se em sua carreira solo - mas sempre requisitado por superstars.
Por último, o registro de Betty Boo, que está sendo apresentada pela Stiletto como "a mais séria candidata ao trono de Madona, ainda que este não esteja vago".
20 anos, morena de boas formas, seus singles estouraram nas paradas e sua imagem de pequena-debochada-pretensiosa agradou a turma da MTV, "Melody Maker", "The Face" e até a brasileira "Blitz" que vem lhe dando muita divulgação. Betty Boo (Alyson Clarkson), descendente de escoceses e malaios, chegou no Brasil com o elepê "Boomania".
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