Cultura "Lameira"
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de setembro de 1983
Dalmo Castelo, da coordenação de recursos e promoções da Funarte, teve um dia muito proveitoso em Curitiba, na última quarta-feira. Acertou alguns detalhes da promoção "FotoSul", promovida pela Empresa Jornalística Caldas Júnior com patrocínio do Bamerindus e fez um primeiro contato com a Volvo. Ns busca de recursos para financiar projetos culturais, levou aquela multinacional, proposta das mais interessantes: pesquisa sobre os "lameiros" - ou seja, a criatividade popular nas peças de borracha que são colocadas nos caminhões. Com desenhos e frases das mais originais, os "lameiros" refletem a visão de cada motorista - e num estudo inteligente, com boas fotografias, poderá resultar num belo livro - a exemplo do que já foi feito com a filosofia dos pára-choques, patrocinada pela Glassurit e editada num excelente livro, aqui registrado quando de seu lançamento.
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Dalmo Castelo, ex-estudante de Direito, é um excelente compositor. Foi parceiro de Cartola em oito antológicas músicas e já gravou três elepês, dois pela Chantecler e uma produção independente ("Vide Verso", 1980). Agora, quando a Continental prepara-se para reeditar seus primeiros discos, Dalmo está gravando um novo elepê.
A primeira música - uma sátira ferina ao FMI, propondo a moratopria - já foi distribuída a algumas emissoras do Rio de Janeiro, com excelente aceitação. Em Curitiba, após um depoimento no Estúdio Vinícius de Moraes, Dalmo deixou registrado além desta música, também um choro antológico que fez sobre urn tema de seu amigo Abel Ferreira (1915-1980).
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