Login do usuário

Aramis

Eloy estréia revivendo seus tempos de criança

Aplicando recursos próprios - "economias de mais de um ano de trabalho", Eloy Alves Ferreira, 33 anos, rodou em janeiro último o curta-metragem "Vamos Juntos Comer Defunto", que define como "uma crônica nostálgica de seus anos de juventude". Partindo de uma frase infantil e de um comportamento entre o humor negro e a psique da vida - a atração que guardamentos exercem sobre as crianças, Eloy rodou na Igreja N. S. Aparecida, no bairro do Seminário - e em outras residências na proximidade - um filme que reúne talentosos atores infantis, ao lado de alguns profissionais veteranos - como Edson D'Ávila, Sol Rodrigues e Margareth Bercarom. Usando câmera de 35mm, bons recursos técnicos - chegou a mandar executar uma grua, para algumas seqüências, com fotografia a cargo de um competente profissional, Euclides Fantin, o curta de estréia de Eloy na direção deverá ter aquilo que mais o preocupa: "qualidade e bom acabamento". Formado em jornalismo há 12 anos, ex-integrante das assessorias de imprensa da Câmara e Acarpa, breve experiência de repórter policial na "Folha de Curitiba", Eloy Ferreira passou a dedicar-se ao vídeo nos últimos quatro anos. Atualmente é o "fac-totum" no Centro de Vídeo Maristas, que funcionando nas novas instalações do Colégio Santa Maria, dispõe de moderníssimo equipamento para realização de vídeos didáticos, destinados basicamente para as instituições de ensino maristas no Brasil. Apesar de sua experiência bem sucedida no vídeo, seu amor é pelo cinema - o que o fez aproximar-se da chamada "Turma do Balão Mágico", co-produzindo o vídeo "Muiraquitã", de Willy Schulmann, auxiliando Bolinha (Altemar José Silva) na realização de seu "A Revolução dos Brasis" - uma debochada revisão da volta do poeta Emílio de Menezes ao Brasil dos anos 80 - e também no curta "O Açougueiro do Norte contra o Cineasta Voador". Em co-produção com um amigo de infância, João Batista Athanazio, 32 anos - que participa de sua paixão pelo cinema, "Vamos Juntos Comer Defunto" tem sua ação ambientada na metade dos anos 60, "o que exigiu um grande trabalho de ambientação", explica Eloy.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
21/02/1988

Enviar novo comentário

O conteúdo deste campo é privado não será exibido publicamente.
CAPTCHA
Esta questão é para verificar se você é um humano e para prevenir dos spams automáticos.
Image CAPTCHA
Digite os caracteres que aparecem na imagem.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br