Geléia Geral - Os song-books com o melhor do jazz
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de fevereiro de 1986
Excelente início de ano aos que curtem o melhor jazz: a Polygram editou os songbooks de Fats Waller com Dinah Washington; Cole Porter, em álbum duplo com Ella Fitzerald; Duke Ellington e Count Basie com Mel Thorme e Irving Berlin com Sarah Vaughan e Billy Eckstine. Produção de Norman Granz para a Verve, realizados nos anos 50 ou início da década de 60 - mas estavam inéditos no Brasil.
Também um excelente lp com Bill Evans e trio, acompanhado por orquestra sinfônica, com arranjos e regência de Claus Ogermann, interpretando em ritmo de jazz peças clássicas. George Duke, 40 anos, tecladista mais identificado com correntes de rock-fusion, mostra, entretanto, seu excelente lado jazzístico, num álbum-solo, feito em 1976, com tranqüilas interpretações de composição já conhecidas mas em arranjos novos. Este uma edição da CBs.
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Mas em termos de jazz instrumental, a melhor edição é "Blue Rondo", com o pianista Norio Maeda e o oboísta Fumiaki Miyamoto. Depois do excelente pianista Ozone, a grande revelação do piano no jazz em 1985 (e que além de ter seu lp editado pela CBS, também veio a São Paulo, acompanhando o vibrafonista Gary Burton), temos jazz suave, profundo e extremamente repousante que Fumiaki faz no oboé em equilíbrio aos toques delicados de Maeda, numa gravação complementada com a participação de três outros ótimos instrumentistas: Yasuo Atakawa (baixo), Sanadori Nakamure (guitarra) e Yasuo Arakawa (baixo). O repertório é diversificado: de temas clássicos de Bach, Schubert, Faure e Ravel até hits como "Romeu e Julieta" (Nino Rotta), "The Summer Knows" (Legrand), "My Favorite Things" (Richard Rodgers) e um dos mais conhecidos momentos da obra de Dave Brubeck ("Blue Rondo a La Turk").
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Paralelamente ao excelente lp que fez com músicas de Chiquinha Gonzaga - em edição acompanhada de um fascículo didático, vendida nas bancas (uma produção que incluímos entre as melhores de 1985), Antonio Adolfo também produziu, fez os arranjos e participou da gravação da trilha sonora de uma peça infantil com texto de sua esposa, Ana Luiza Job - "Astro Folias". A parte musical é de Antonio Adolfo, Xico Chaves, Paulinho Tapajós, este último um experiente compositor de trabalhos para as crianças, mas que no caso é parceiro apenas em duas faixas ("Três Marias" e "Os Cometas"). Tendo o espaço por tema, o musical "Astro Folias" é sensível, as músicas são comunicativas e as interpretações com várias vozes - incluindo a cantora Cláudia Versiani e o grupo Viva Voz - comunicam bastante. Tratando-se de uma produção independente, da Artezanal os pedidos podem ser feitos diretamente a Antonio Adolfo, rua do Ouvidor, 130, sala 708 - CEP 20040, Rio de Janeiro.
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Catapultado pela promoção que a inclusão de "Sentimentos e Blues" ganhou através de uma novela de televisão, Tadeu Matias vai partir, finalmente, para seu lp solo. Antecipando o longa-duração, a Barclay lançou um disco mix com "Sentimento e Blues", acoplado a "Sonhei com Você", esta uma composição de Zepa.
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Qual será o nome real de Belo Xis, um sambista simpático e comunicativo que a Continental coloca na praça com um lp de muito embalo: "Garra e Coração"!!? Autor de várias faixas - "Meu Caminhar", "Rio de Mágoa", "Enquanto Existir Perdão", "Motivo Maior" e "Morango, Maçã e Cereja", este Belo Xix se constitui numa presença estimulante numa área que periodicamente precisa ser reciclada. Tem graça e leveza, a produção foi bem cuidada e este X pode fazer um belo acerto na loteria musical.
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