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Em 1950, três cinemas tradicionais ofereciam as poucas opções de entretertimento aos curitibanos; o Palácio, de Henrique Oliva, no térreo do Edifício Moreira Garcez - estão mais imponentes "arranhas céu" com seus 8 andares da cidade - o Avenida, nas mãos do paulista Paulo Sá Pinto, após ter sido explorado por alguns anos pela família Azeredo e o Opera do professor David Carneiro. Também os lançamentos -90 % via Hollywood, em seu apogeu - dividiam-se exclusivamente: Fox no Avenida, MGM no Opera e Warner-Paramount no Palácio. Assim, quando começou a trabalhar na cinematografia, o castrense Ismail Macedo, encontrou uma situação estratificada, em que o público garantia uma frequênte harmoniosa entre as três casas principais. Mas em pouco tempo, entendeu que a situação precisava mudar: assim, iniciou - sempre como executivo, com apoio dos empresários - a construção de um segundo cinema nos fundos do Opera - o Arlequim fez no Portão uma luxuosa (para a época) casa de exibição - o Guarany e, pouco a pouco, foi tocando promoções importantes: pré-estréias de filmes nacionais um Festival do Cinema Brasileiro quando o hoje ministro Ney Braga era prefeito de Curitiba, de tal forma que, quando vendeu sua empresa - então com sete casas 0 há 9 anos, muitos lamentaram seu afastamento da cinematografia. Mas se deixou os cinemas da cidade. Ismail não deixou a classe e assim, como exibidor independente (Antonina) e associada a Jorge Dalcheux em Florianópolis preside há 10 anos o Sindicato dos Exibidores do Paraná e Santa Catarina no qual acaba de merecer mais uma consagração: apoio unânime para dirigir a Federação Nacional dos Cinemas, da qual foi um dos idealizadores.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
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1
02/03/1974

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