GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de março de 1973
Para o crítico espanhol Cláudio Guerin Hill, "Greed" (hoje, 20 horas, Teatro do Paiol) e a única obra de erich von Stroheim (1885-1957) sobre a América do principio do século. Inspirada na novela de Frank Norris, "McTeague", se trata de uma obra solitária, sem continuidade na filmografia de seu autor, já que "Walking down Broadway", realizada dez anos mais tarde (1933) dentro de uma linha temática e ambiental parecida, antes de concluir a filmagem". Nestes arrependimentos) são alguns dos autores reunidos para este dois filmes encontramos uma mulher ambiciosa. Em "Greed", a obsessão é o dinheiro em "Walking down Broadway", os desejos lésbicos de sua protagonista com relação a sua companheira de quarto. Em ambos os casos desenrola-se um processo de transformação, segundo o qual a mulher - que habitualmente é mostrado como um dos seres mais idealistas na galeria de personagens de Stroheim - converte-se em um ser alienado. "Greed" como outros filmes de Erich von Stroeim, teve problemas com os produtores que alegando "razões de censura", impediram ao público de conhecer a versão integral, montada por seu realizador . Os produtores de "Greed" (intitulada no Brasil de "Ouro Maldito", que posteriormente foi aproveitado em outro filme do francês Jacques Becker), foram Sam Goldwyn e Irving Thalberg. O roteiro foi do próprio Stroheim do romance de Norris (1870-1912), que formou ao lado de Stepheim Crane ("A Gloria de um Covarde") e Theodoro Dreiser ("Uma Tragédia Americana) a escola realista americana. A fotografia foi de Bem Reynolds e William Daniels (este ainda hoje um dos mais notáveis cinegrafistas americanos). No elenco Gibson Gowland Zasu Pitts, Jean Hersholdt, Cesare Gravina, Dale Fuller, Chester Conkin, S. Ashton e Hugh Mack.
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