Talentos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de dezembro de 1980
Nasce uma nova gravadora: Aycha. Pertencente ao famoso Manolo, o homem que fez da Tapecar, uma etiqueta tão marcante que a Sigla/Som Livre, acabou adquirindo-a, a nova marca está entrando na praça com um suplemento de qualidade. Traz entre seus produtores o experiente Raimundo Bittencourt, que [na] semana passada, esteve no júri de "Todos os Cantos", e que assina o elepe de estréia da interessante Jane Duboc ("Languidez"). Cantora de excelente visual e agradável voz, Jane aparece com um repertório bem escolhido, incluindo músicas de Oswaldo Montenegro ("Cachoeira"), Aécio Flavio/Eliane Stoducto ("Menino"), Toninho Horta/Fernando Brandt ("O Audaz"); Djavan ("Para Raio"), além de uma composição própria ("Meu Homem") e faixas de novos autores - ganhando, assim, sua primeira chance de aparecer: Nato Gomes ("Saudade"), Innéia Maria /Raul Miranda ("Avêsso do Avêsso) e Sueli Corrêa, que em parceria com Itinéia Maria é autora da faixa título do elepê.
Em 1966, no Festival Internacional da Canção da Rede de Globo, a mais bela música apresentada foi "Se A Gente Grande Soubesse", defendida por Quarteto em Cy e a participação especial de um menino de 9 anos, filho do autor da canção: Billy Blanco. Obra-prima de Billy, "Se A Gente Grande Soubesse" é um canto para ficar. Bilinho cresceu, foi morar nos EUA, onde gravou no Record Plant Stúdios, em Nova Iorque, duas composições - "Tears Wil Never Dry", em parceria com pai e Sebastião Tapajós e "Hal Faz Wise As You". A fita com estas duas gravações veio para o Brasil, que a Tapecar/Sigla lança agora, num compacto histórico. Afinal, além de ser filho do grande Billy Blanco, este é o primeiro registro individual de um garoto que tem uma grande tradição musical para honrar. E que mostra ter feeling e ritmo para tanto.
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