Turistas sem informação
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de fevereiro de 1978
Em qualquer cidade mais ou menos organizada que o visitante chegue encontra na estação ferroviária, rodoviária, ou principalmente, no aeroporto, um posto de informações turísticas, Guias bilingües, com listas de preços dos hotéis, mapas da cidade e outros dados, capazes de orientar o visitante.
Em Curitiba, pobre do visitante que chegar sem ter alguém a esperá-lo ou, no mínimo, alguma indicação de hotel. pois inexiste qualquer serviço de informação nos terminais - e, a curto prazo, de parte da Prefeitura ou Paranatur, sequer projetos a respeito.
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Há quem argumente de que tais serviços são "desnecessários", já que é pequeno o número de turistas, principalmente estrangeiros, que chegam a Curitiba. Argumentação falha, sem dúvida, pois basta permanecer algumas horas na rodoferroviária ou, principalmente, no aeroporto Afonso pena, para observar que se existisse algum posto de informações com funcionários (as) competentes, sem dúvida, muitos visitantes teriam, de princípio, melhor impressão de Curitiba. Ao menos não teriam que fazer a "via crucis" em hotéis, a procura de vagas, acabando por pagar diárias acima de seus orçamentos.
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Na Prefeitura de Curitiba hoje inexiste qualquer serviço de turismo - relegado o setor a um abandonado "serviço de informações sobre Curitiba", que, como uma das tantas divisões da Fundação Cultural pouco pode fazer. A Paranatur, com amplos recursos, ainda não se conscientizou da necessidade de cuidar dessa área. E na própria Rodoferroviária, embora haja espaço e certa boa vontade do administrador Agostinho Kuster, a desculpa é esta: "os hotéis sequer nos informam os preços das diárias para que possamos informar aos que nos procuram".
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