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Aramis

Zefiro, o pioneiro de nosso erotismo

- Quem é Carlos Zéfiro? O nome identifica um pioneiro do erotismo brasileiro. Nos anos 50 e, mesmo, início da década passada, quando ainda não existia a permissividade sexual dos anos 80 - com filmes e revistas de sexo explícido, sex-shops, boates como a Country Nice e safari, onde Ronaldo Pimenta apresenta incrível espetáculos pornôs - milhares de adolescentes (e também muitos adultos) davam vazão às suas fantasias sexuais folheando pequenas revistas de histórias em quadrinhos, produzidas quase que artesanalmente em uma gráfica do Rio de Janeiro, com textos e desenhos de um artista que se assinava Carlos Zéfiro. Há mesmo quem diga que estas histórias, ingênuas e tecnicamente primitivas, eram, entretanto, mais excitantes do que as requintadas revistas coloridas de pura sacanagem que nos últimos anos inundaram as bancas do País - para desespero de pessoas conservadoras como o assustado vereador Luís Gil Leão. xxx Um jornalista e cartunista carioca, Octacilio d`Assunção Barros, 28 anos, embora tenha crescido numa época de maior permissividade sexual, se interessou pelo pioneirismo erótico de Zéfiro. Conseguiu localizar mais de 100 revistas por ele publicadas e se pôs a campo para identificar o artista. Não conseguiu, chegando, no máximo, ao editor - mas que só concordou em falar no anonimato, sem identificação pública. Reuniu, entretanto, elementos suficientes para produzir um livro - << O Mundo de Carlos Zéfiro >> - que , naturalmente recheado de ilustrações e uma interpretação pessoal deste erotismo tupiniquim, deverá se construir num dos mais originais lançamentos editoriais do início de 1984. xxx Octacílio Barros é co-editor de << Cinemim>., revista de cinema da Editora Brasil América, que voltou a circular este ano. O diretor industrial da EBAL, engenheiro Fernando Albagli, é apaixonado por cinema e achou que estava na hora desta revista voltar às bancas. Em formato grande, boas matérias informações - e melhorando de número para número, << Cinemin >> está tendo uma boa circulação. Em 32 anos, a revista já teve quatro série diferentes. A primeira iniciou em novembro de 1951 com a quadrinização de << Quando Canta O Coração >>.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
09/10/1983

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