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Cinema sem festivais neste ano de imagens desfocadas

E os festivais de cinema, hem? Depois do dia 16 de março, com a extinção da Embrafilme / Fundação Nacional de Cinema e as duras imposições do Plano Brasil Novo - levando também os benefícios da Lei Sarney - ninguém mais sequer se atreve a falar em festival de cinema. Afinal, se há o lado positivo, cultural e mesmo econômico, em eventos destinados a promover, divulgar e (às vezes) estimular negociações de filmes, o custo e o glamour com indispensáveis mordomias que cercam os eventos fazem com que os mesmo sofram, agora mais do que nunca, cortes viscerais.

... mas pelo resto do mundo, eles continuam acontecendo

Internacionalmente, entre os chamados "heavyweights" (pesos-pesados) eventos cinematográficos, a abertura é dada pelo Festival de Berlim, realizado entre 9 a 20 de fevereiro. Com uma sólida estrutura, a exemplo dos grandes festivais do mundo, não sofre problemas orçamentários - ao contrário, é um dos mais ricos e bem organizados, conforme Marcelo Marchioro, diretor teatral e estudioso de cinema, pode confirmar este ano, acompanhando-o nas três semanas em que acontece (no ano passado, Celina Alvetti, que também estava em Berlim como bolsista do Goethe Institut, já o havia coberto).

"Sammy e Rose", a única estréia

Com a inteligente decisão de Aleixo Zonari em manter, por mais uma semana, em exibição, o excelente "Harry e Sally - Feitos um para o Outro" (Cine Astor) e, mesmo não tendo encontrado uma boa bilheteria, a refilmagem de "O Boca de Ouro", continuar no Cine Plaza, praticamente há apenas um lançamento nesta semana: no Cine Ritz, "Sammie & Rose", produção inglesa, 1977, direção de Stephen Frears ("Minha Querida Lavanderia", "Ligações Perigosas"), que teve seu pré-lançamento, há três anos, no FestRio e que só agora está sendo lançado no circuitão.

Um banquete para os cinéfilos com cinco estréias

Uma das reclamações mais comuns dos curitibanos que acompanham os lançamentos no circuito comercial é antiga: - "Durante semanas não há estréias. Quando chegam filmes importantes, há simultaneidade. Poucos permanecem mais de uma semana em cartaz. E não há tempo para assistir a todos". Forma-se o círculo vicioso: falta tempo (e também dinheiro, com ingressos a Cr$ 120,00) para se assistir, numa mesma semana em cartaz, cinco filmes que merecem verificação. Como, por exemplo, acontece agora.

Um Chico Mendes julgado na competição dos curtas-metragens

Fortaleza - Como eficiente assessor da Embrafilme, o jornalista Sebastião França, faz questão de contar a boa notícia: por determinação do ministro José Aparecido de Oliveira, da Cultura - após ouvir o apelo do secretário René Dotti (de quem França foi assessor especial por seis meses) a Fundação do Cinema Brasileiro vai agilizar a sua participação para que os quatro curtas-metragens, co-produzidos pelo governo do Paraná, sejam, enfim, finalizados. Não é sem tempo.

No campo de batalha

1) O mais esperado dos filmes para a mostra informativa acabou chegando quando já se perdiam as esperanças: o documentário "John Huston: o homem, o cineasta, o aventureiro", que Frank Martin realizou com depoimentos de atores, técnicos e amigos do grande cineasta, intercaladas da sequência de seus filmes. O filme foi visto pelo jornalista João Luiz Albuquerque, assessor de imprensa do FestRio, no Festival de Montreal, que se empenhou para que o mesmo aqui tivesse ao menos uma exibição.

Na gorda safra visual, chegou a Sociedade dos Poetas Mortos

Começa a safra das vacas gordas para os exibidores! Após algumas semanas de indigência de filmes - e em conseqüência também de público - abre-se a temporada do Oscar, trazendo filmes que com o maior marketing faz com que o acomodado espectador, cada vez mais viciado pela TV e vídeo - e também assustado com os preços dos ingressos, a falta de segurança para estacionar veículos no centro e outras razões que levam ao esvaziamento das salas de exibição - prefira cada vez mais ver os filmes na telinha do que no esplendor da tela ampla.

Depois de Fortaleza, para aonde irá o VII FestRio?

Fortaleza - Na manhã de domingo, no burburinho de personalidades nacionais e estrangeiras que, no lobby do Imperial Othon, preparavam-se para embarcar para diferentes destinos, uma pessoa estava particularmente feliz: Nei Sroulevich, diretor executivo do FestRio. Além desta sexta edição ter sido a mais bem organizada de todas, a repercussão foi tão positiva que já se falava em três Estados que estariam dispostos a sediar o próximo FestRio, se prevalecer o critério da mostra continuar circulante: São Paulo, Minas Gerais e - apesar da distância - Amazonas.

Uma festa bonita, com tudo funcionando certo

A receita da simplicidade deu certo. Assim é que os próprios diretores do FestRio - Luís Carlos Barreto e Nei Sroulevich, mais Cláudia Furiati, coordenadora dos seminários e videomaker, foram os mestres de cerimônia na festa de encerramento, a partir das 17h15 de sábado, 2, no Cine São Luiz - totalmente lotado. Com isso evitaram-se gafes e enganos que, em edições anteriores, com as apresentações dos premiados entregues a artistas de televisão, mesmo experientes, prejudicou o brilho das mesmas.
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