Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS MPB

MPB

Noite Vazia (I) - Requiem para Habeas Coppus, onde o jazz e a MPB calaram

Às 3h50 da madrugada de domingo, 26, quando o empresário Sérgio Bittencourt Martins, cerrou as portas do Habeas Coppus (Rua Dr. Murici, 947) os últimos funcionários abraçaram-se emotivamente e seguiram tristonhos para suas casas. Era a última vez que deixavam o local, fechado por decisão de seu proprietário, após três anos e dois meses em que foi um dos endereços musicais de lazer noturno curitibano.

The Best of Brazil, a personalidade recondicionada para consumo externo

Durante anos um dos negócios alternativos lucrativos para quem desejava estabelecer-se numa área paralelamente cultural era a de comercializar discos antigos. Afinal, era só nos "sebos" que se poderia encontrar discos editados há 10, 15 ou 30 anos e que, retirados de catálogos, esgotados, tornavam-se "collector's itens". Disto aproveitavam-se alguns donos de "sebos", cotando em somas elevadíssimas as raridades mais procuradas.

Cada vez mais brasileiro, João faz a melhor música

A leitura de um poema de Antônio Cícero ("Guardar"), no qual dizia que "guardar alguma coisa no cofre/perde-se de vista/guardar um pássaro é aprisionar o seu vôo", fez com que nascesse a atual parceria que desaguou nas canções deste novo lp ("Zona de Fronteira"). Wally Salomão, poeta baiano, diretor de shows da Gal Costa, seu outro parceiro, lhe propôs uma parceria para uma música destinada a Maria Bethânia, que acabou virando título de seu último elepê: "Memória da Pele".

Tom grava Noel Rosa para o songbook que Almir produz

Num ano de escassas edições musicais de bom nível - no qual será difícil fazer os tradicionais destaques da área fonográfica - uma das esperanças maiores se concentra no álbum duplo que o produtor Almir Chediak está realizando em homenagem a Noel Rosa (1910-1937). Depois do exaustivo estudo de João Máximo e Carlos Ridier - "Noel Rosa: uma biografia" (Editora da Universidade de Brasília, 1990), é a Lumiar Editora quem vai reverenciar aquele que para muitos continua sendo o nosso maior compositor popular.

Leo, um som com novas cores em nossa música

Dentro da valorização instrumental que tem sido um dos (poucos) aspectos positivos dentro da MPB, o carioca Leo Gandelman é um exemplo da soma do Talento + estudo + disciplina num resultado ótimo. Dono de um sopro belíssimo, este filho de imigrantes russos/ucranianos/lituanos chega a condição de encontrar um público fiel, que, amanhã deverá comparecer ao auditório Bento Munhoz da Rocha Neto para lhe aplaudir como merece (única apresentação, ingressos entre Cr$ 3 a 6 mil).

A não-entrevista de João, o silencioso

Quem viu, conferiu! Apesar de todas as chamadas para a "quebra de jejum de entrevistas há 14 anos", as "declarações" de João Gilberto para o repórter social Amaury Júnior em seu "Flash" (Rede Bandeirantes, uma hora da madrugada do último domingo, 7), não passaram de 80 palavras como, meticulosamente, computou um dos assessores do colunista Zózimo Barroso do Amaral, do "Jornal do Brasil".

Voz e violão na perfeição de Ney Matogrosso e Rafael

A abertura de "Plural", com o violão perfeito de Marco Pereira e a voz maior de Gal Costa é tão suave que, os mais ortodoxos fãs de nossa MPB, dispensariam inclusive outros instrumentos (o que baratearia o custo por apresentação, hoje ao redor de Cr$ 4 milhões).

Chico Viola, Orlando, Carmen e muitas outras vozes eternas

De certa forma, cada uma das etiquetas que se especializaram em reedições históricas refletem um pouco das preferências e visão de marketing de seus proprietários - colecionadores e profundos conhecedores da música brasileira do passado.

Música Brasileira - As reedições chegam com qualidade

Por múltiplas razões, a reedição se tornou uma forma de gravadores tradicionais - ou mesmo produtoras independentes, na área nostálgica - para enfrentar estes tempos de recessão. Afinal, para as gravadoras que dispõem de grandes acervos não custa quase nada providenciar remontagens de gravações de artistas que passaram pelos seus estúdios. Infelizmente, a maioria dos lançamentos é feita de uma forma caça-níquel - e nisto a Continental é campeã absoluta - recolocando dezenas de vezes no mercado, com títulos e capas diferentes, as mais esdrúxulas montagens.

A ciranda do poder

Foi em Paris, durante um dos muitos jantares cinco estrelas, com vinho da melhor safra, no apartamento-estúdio do pintor Juarez Machado - e preparados por sua esposa, Eliete - que o governador eleito Roberto Requião e Maristela, aconselharam-se sobre mudanças nas artes plásticas do Paraná. Como Juarez não iria trocar os US$ 30 mil que fatura (no mínimo) mensalmente na Cidade Luz para vir assumir a direção do Museu de Arte Contemporânea, lembrou o nome de seu maior amigo no Paraná, João Osório Brzezinski, 51 anos, como o nome ideal para dirigir o MAC.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br