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Aramis

Artigo em 06.01.1980

1 - Um punhado de discos de grupos vocais-instrumentais, anglo-americanos, com som para diferentes faixas de apreciadores. Por exemplo, o Boney M. ("Oceans of Fantash", RCA 104.8130), formado por três belas mulheres e um criolão, ampara-se num grupo instrumental da maior competência para mostrar as 12 faixas gravadas no Europsound Stdudios, um dos melhores estúdios de Munique. Embora possa ser destinado a discotheque, o Boney M. mostra qualidade em suas interpretações vocais, especialmente em faixas como "Let It All Be Music" e "Ribbons Of Blues". Já o grupo Chic, com um compacto simples, "Good, Times", rompeu a barreira de vendas, fazendo este conjunto merecer o disco da platina, por ver um milhão de cópias. Agora, ao mesmo tempo que a WEA lança no Brasil o novo lp do grupo - "Risqué", também extraiu duas faixas em compacto: "My Forbidden Lover" e "What About Me". No ano passado, com "Le Freak", o Chic já havia vendido quatro milhões de cópias. No final do ano passado, o Chic excursionou pela Europa, Mile Rodgers e Bernard Edwards, são os líderes, arranjadores e autores de todas as faixas deste novo grupo que começa a aparecer, com força, no mercado brasileiro. 2 - Enquanto passa por uma reestruturação total, agrupando-se em novos setores e restabelecendo táticas de marketing, a cinqüentenária Continental não deixa de comparecer nas lojas. Para tanto, montou um elepe intitulado "Música Popular Brasileira", reunindo faixas com bons intérpretes e compositores, extraídos dos melhores elepes que saíram em 19979, na fase em que Maurício Tapajós esteve reestruturando seu elenco nacional. Assim, o grupo Viva Voz - agora, na Odeon, por onde sairá o seu primeiro lp, está neste lp - montagem com as duas músicas que formaram o seu primeiro compacto - e foram das mais significativas de 79: "Tô Voltando" (Tapajós/ Pinheiro, agora na trilha sonora de "Os Gigantes") e "O Bêbado e a Equilibrista" (Bosco/ Blanc); com Cesar Costa Filho - agora na Sigla/Tapecar (por onde acaba de sair seu novo lp%, numa belíssima parceria com Luiz Antonio; "Carvão Molhado". Com Sérgio [Ricardo], "Vidigal" - nome da favela onde o compositor-cineasta está morando há 3 anos; do injustamente esquecido lp do mineiro Sirlan, "Viva Zapatria" e "Bonde Sela", do primeiro lp que Fagner fez na Continental, "A Palo Seco"; de um disco de Edu Lobo, editado pela Continental há 4 anos, o belo "Considerando" (parceria com Capinam); com Vandré está na moda, novamente, a Continental aproveitou neste lp, "Hora de Lutar", gravado há mais de 12 anos. Lourenço Baêta ("Festa no Céu", parceria com Cacaso), Marília Medalha ("Bóias de Luz", Sueli Costa/ Abel Silva), Zé Luiz ("Bastante", parceria com Sérgio Natureza), também estão neste lp que, apesar de visar um mercado ocasional, vale pela qualidade dos intérpretes reunidos. 3 - Filho de Pedro Sertanejo, dono da etiqueta Cantagalo (distribuído pela CBS) e de um forró na Capital paulista, o acordeonista Oswaldinho gravou há 11 anos o seu primeiro lp, "Evolução" (Cantagalo, 1969). No final do ano passado, "Natureza" (Copacabana, 41215) foi uma marca importante no trabalho deste jovem instrumentista - que, sem preconceitos, vem fundindo, os mais diferentes estilos, numa integração de correntes que vão do rural - na homenagem ao seu pai, em "Pedro Sertanejo" (de Carlos Catuipe) as suas composições, como "Natureza e Sonhos", "Valentão", "Sol Maduro" e "Lamento Amazônico", parcerias com Moraes Moreira com que fez o Projeto Pixinguinha. Um disco sério, marcante, que mostra em Oswaldinho uma presença importante da MPB de nossa época. 4 - "Viva França" (Bandeirantes Discos, distribuição da WEA), coordenado por Suely Valente, montando com fonogramas cedidos pela Polygram, RCA, CBS e RGE/Fermata, é o exemplo do disco ideal para quem aprecia a música francesa. Foram reunidos neste elepe - com uma bela capa de Franklin - faixas com alguns dos melhores nomes da música francesa, como Edith Pyaff ("Hymme À L'Amour"), Ives Montand ("Les Feuilles Mortes"), Mireille Mathieu ("La Derniére Valse"), Maurice Chevaliar ("Mimi"), George Moustaki ("Alexandre"), Dalida ("La Mer"), Charles Asnavour ("La Bhème"), Jacqueline François("Un Jour Tu Verras"), Jacques Brel ("Ne Me Quittes Pas"), Alain Barrière ("Elle Était Si Jolie"), Sacha Distel ("Vous Qui Passes Sans Me Voir") e Pierre Barouh ("Un Jour D'Hiver).
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música
33
06/01/1980

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