Pastelão seria melhor...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de março de 1978
Desde que o inglês Peter Yates, 50 anos, ajudou as finanças da Warner com as corridas malucas de "Bullit", um policial que há dez anos vem sendo reprisado com enorme sucesso de público, que o cinema americano ganhou um novo gênero (comercial): a fita-velocidade. Não apenas os filmes sobre automobilismo, com volantes competindo em Grand-Prix, temática também exaustivamente explorada em duas dúzias de filmes famosos, de "Caminhos Sem Volta" (1955) a "Bobby Deerfield/Um Momento. Uma Vida" (76, em relançamentos no Cinema 1. A partir de amanhã). Mas corridas dentro de cidades, em rodovias, quase no estilo pastelão - que nos tempos da pedra lascada do cinema, os malucos da Keystone já sabiam fazer tão bem, ou melhor ainda.
E um filme como "Agarra-me... Se Poderes" (Cine Condor, até hoje, 5 sessões diárias) não é nada mais do que um pastelão em tela ampla e colorida. Só que infelizmente o estreante Hal Needham não tem a graça, o balanço e o anarquismo dos falecidos mestres da Keystone, que, há 50 anos passados, na primeira juventude do cinema, Faziam comédias bem mais interessantes. As correrias da dupla Smokey e Bandido (Burt Reynolds/Jerry Reed) pelas highways de 7 Estados americanos, perseguidos pelo xerife Justice (Jackie Gleason, aquele que foi "O Garoto", do inesquecível filme de Chaplin, quem diria), podem fazer rir em alguns momentos, mas depois não resistem e o sono vem fácil. Ainda mais com o som monótono e ritmado das canções country, com um bandolim monocórdico que marca a insonsa trilha sonora. Enfim, um desperdício de tempo e película. A reprise de qualquer "pastelão" da década de 20 seria bem mais interessante...
OS LIVROS DE RUBENS
O advogado Rubens Corrêa, 39 anos, da turma de 1970 da Universidade Federal do Paraná, vem se especializando em reunir documentação em torno de profissões que, pouco a pouco, vão sendo regulamentadas ou a propósito da qual há pouco literatura de ordem legal.
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Há três, publicou um estudo sobre a regulamentação da profissão de farmacêutica e depois fez o mesmo sobre os odontologos. Agora, reúne material para um livro sobre os corretores autônomos. Que vai editar tão logo a profissão seja regulamentada, de acordo com o projeto-lei que está na Câmara Federal.
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Colocação garantida de uma tiragem específica Rubens terá. Tanto é que seus dois livros anteriores esgotaram-se em pouco tempo.
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