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Festival do Cinema Brasileiro de Brasília

"Vlado", o próximo filme de João Batista

Brasília Se realizar um longa-metragem no Brasil já é um desafio, cuidar de que o mesmo chegue ao público - e que este vá assisti-lo, exige uma dose suplementar de energia. É a conclusão a que se chega, acompanhando-se os festivais de cinema nos quais diretores repetem, "ad nausea", as explicações, posicionamentos e principalmente questionamentos sobre aquilo que se pretende colocar nas imagens.

Cada festival na busca de suas características

Se internacionalmente a agenda dos festivais de cinema é intensa - com até cinco mostras acontecendo a cada mês, sejam de categoria "A" (nas quais só concorrem filmes inéditos), ou promoções menores, alguns de temas específicos, no Brasil também a multiplicação de eventos cinematográficos começou a preocupar os organizadores de forma a que não aconteçam promoções paralelas.

No campo de batalha

Emoção, aplausos, discussões: "Terra para Rose", de Tetê Moraes, com uma hora e vinte minutos de projeção, foi o filme mais importante de todos os apresentados neste XX Festival de Brasília. Documentando o drama dos sem-terras que invadiram a Fazenda Anoni, nos municípios de Sarandi e Ronda Nova, no Rio Grande do Sul, entre 1985/87, Tetê realizou um filme fascinante, que teve aqui a sua primeiríssima exibição.

O Brasil vivo de Aloisio Magalhães

"O cinema documentário é o verdadeiro cinema" (Aloísio Magalhães) Dois dos mais importantes filmes do FestRio acabaram desapercebidos no porre audiovisual que caracteriza uma mostra desta dimensão: "Memória Viva", de Octavio Bezerra e "Brascuba", de Orlando Senna e Santiago Alvarez. O primeiro, no último dia da competição, acabaria esquecido se não tivesse merecido ao menos um prêmio especial do júri - dividido com as produções vindas da China Comunista ("A Última Imperatriz") e União Soviética ("Kin-dza-dza").

"Terra para Rose", o melhor documentário

Emocionante, contundente, político e atual, "Terra para Rose", de Tetê Moraes, foi o grande filme levado ao XX Festival do Cinema de Brasília. Independente dos méritos dos cinco (dos seis) longas em competição, que mereceram premiações, o documentário sobre o drama dos Sem-Terras da fazenda Anoni, no Rio Grande do Sul, se transformou no principal momento político-cinematográfico do Festival de Brasília, que em suas 19 edições anteriores - especialmente nos anos mais duros da ditadura militar - sempre se destacou como um evento de resistência democrática.

Os curtas são das mulheres

Se a premiação dos longas-metragens em 35mm possibilitou, a partir do quarto dia do festival, a indicação dos favoritos - com a liderança de "Anjos da Noite" e "Leila Diniz" - na categoria dos curtas nesta bitola, a disputa foi mais difícil. Trabalhos interessantes, cada um merecedor de apreciações especiais e provando a vitalidade de uma nova geração de realizadores.

No campo de batalha

A sessão de encerramento do Festival de Brasília, na quarta-feira, foi dedicada, em sua primeira parte, a interessantes curtas. Começou com um fragmento de um musical de 1939, no qual Dalva de Oliveira, Herivelto Martins e Isi Coelho, acompanhados da orquestra de Fon-Fon interpretavam a música "O Negro Está Sambando". Este fragmento - um histórico clip para a nossa MPB - foi restaurado pela Cinemateca do MAM, cujo conservador, Cosme Alves, colaborando com o Festival, cedeu para que tivesse em Brasília sua primeira projeção. Emocionante para quem curte a nossa MPB.

O cinema cearense que está chegando

"O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto", um longa-metragem, em 16mm, realizado pelo cineasta Rosemberg Cariry, foi o vencedor da última Jornada do Documentário, organizada por Guido Araujo. "Tana's Take", curta-metragem do alagoano Almir Guilherme e "Evocações... Nelson Ferreira" dos pernambucanos Flávio Rodrigues e Fernando Spencer e "Quem Matou Elias Zi?", do maranhense Murilo Santos estão entre os curtas mais interessantes exibidos paralelamente à I Mostra do Cinema Latino-Americano (Curitiba, 4 a 10 de outubro).
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