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Paulinho Nogueira

Violões

Dizer que o Brasil é o País dos violonistas talvez seja um pouco de exagero. Pois se temos virtuoses da expressão de Turíbio Santos (que passou uma semana, no Guaíra, fazendo um show admirável ao lado de Alaíde Costa e Copinha), Baden Powell, Sebastião Tapajós (os dois hoje praticamente absorvidos por contratos internacionais na Europa, assim como Turíbio), há também muitos compositores que, mesmo necessitando basicamente do violão, ainda precisam de muito estudo.

Alaide,voz & coração

Das muitas cantoras que surgiram na fase de ouro da Bossa Nova, no início dos anos 60, a carioca Alaíde Costa é uma das que não precisou, em absoluto, preocupar-se, com o relativo eclipsamento do gênero. Ao contrário, dona de uma das mais belas vozes da MPB, Alaíde consegue dar uma extraordinária dimensão a todos os gêneros que interpreta, embora seja o romântico onde se encontra melhor.

Tempo feliz da MPB (e da RGE)

A produção de um lp de reminiscências como "Os Grandes Nomes da Música Popular Brasileira" (Premier, RGE/Fermata, 307.2311, outubro/74) não deve deixar de ser melancólico para a atual diretoria da RGE-Fermata, preocupada em reerguer aquela [fábrica] de discos. Pois o desfile dos grandes nomes que integraram o elenco da RGE em seus anos de glória (1957/65), mostra que por ali passaram alguns dos maiores nomes de nossa música popular.

Musica

Conhecendo-se melhor o violonista, compositor, cantor e amigo Toquinho (Antônio Pecci Filho, 28 anos) admira-se cada vez mais a sua obra por si só já consagrada, cantada do Amazonas ao Rio Grande do Sul, com as letras do amigo e parceiro querido Vinícius de Moraes.

Brasil, violão & talento.

'Entendo por violão brasileiro isso que Villa-Lobos e João Pernambuco - fundamentalmente esses escreveram para violão. A história da popular, foi de uma certa forma escrita em seis cordas: novas estéticas e tendências foram inicialmente conduzidas por um Donga, Sátiro Bilhar - passando depois por Garoto, Bonfa, Badem - sem esquecermos Canhoto da [Paraíba], Othon Salleriro, Dino, Meira. Na fase pós-bossanovista de João Gilberto vieram Edu, Milton Nascimento, Gil, Gismonti, Paulinho da Viola - e não há porque esquecer, no campo erudito, esse extraordinário Turibio Santos'

Discos - Os músicos rurais e seu consumo urbano

"Fungado na Barra" é um exemplo de música para ser analisado sociologicamente: acordeon gritante, ritmo nordestino, interpretação sertaneja de Ari Soares falando em Copacabana, chopinho e Barra da Tijuca. O Nordeste na Zona Sul, a sociedade rural no consumo da grande metrópole. E este enfoque musical é a presença nas músicas incluídas por um tal de Marumby, com diferentes intérpretes em "Fungado no Forró" (Premier, RGE/FERMATA, 307.3196, abril/74), tipo da produção destinada ao público que aprecia a música nordestina, em toda sua simplicidade sertaneja e que vive na sociedade urbana.

Teatro

A apresentação de "Poeta, Moça & Viola"(Teatro do Paiol, segunda-feira, às 20 e 22 horas) representa mais do que um simples espetáculo da melhor música popular brasileira, a oportunidade do público curitibano assistir um novo "show" que, nas duas capitais anteriores apresentadas - Recife e Porto Alegre - já mostrou o poeta Vinícius de Moraes e seu parceiro Toquinho, mais a cantora Clara Nunes, numa nova etapa de criação.
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