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Música

Pianistas

Pedrinho Mattar, 44 anos, caçula de uma família de 10 irmãos - um dos quais, pianista e advogado, morou muitos anos em Curitiba (faleceu há algum tempo) é tecladista sofisticado. Elegante em seu estilo e apresentação, Pedrinho é disputado pelos mais caros "pianos-bares" de São Paulo, além de ser requisitado também para tocar em festas dos maiores contribuintes do Imposto de Renda do Brasil. Não pretende ser um pianista de harmonias jazzísticas como Dick Farney, mas, sim, apresentar sempre um repertório de bom gosto, suave.

Cantores

Curioso o que ocorre com a carreira de Johnny Mathis. Aos 44 anos - a serem completados a 30 de setembro, 25 de carreira (foi descoberto em 1955, por George Avakian, quando atuava amadoristicamente na boate "Black Hawk", em são Francisco), neste quarto de século de tantas transformações musicais experimentou fases de ascensão e declínio, mas nunca deixou de ter um público fiel, que lhe assegura o consumo de milhares de cópias de seus habituais elepês semestrais na CBS, gravadora na qual se encontra desde julho de 1963.

Os irmãos Caymmi num concerto único

De idéia inicial de repetir em Curitiba o "Caymmi em Concerto" que teve apenas 3 apresentações, no Teatro Castro Alves, em Salvador, no ano passado, e da impossibilidade do grande compositor-cantor poder aceitar o convite para este semestre, nasceu a possibilidade de se fazer um novo espetáculo: "Nana, Dori e Danilo: Os Caymmi em Concerto", que terá amanhã, 19, uma única apresentação no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto.

Em todas as rotações

1) Quando ainda em vida, durante uma apresentação onde se encontrou com o cavaquinista Waldir Azevedo, o falecido violinista Dilermando Reis (22/9/1916-3/1/1977) lançou um desafio que (Waldir tocasse o choro "Magoado", criado para solo de violão, e que Dilermando, seu autor, tocava com virtuosismo. Passado o tempo, só agora Waldir pode pagar sua dívida com Dilermando: "Magoado", choro de difícil execução no cavaquinho é uma das faixas principais do novo lp de Waldir para a Continental, as vésperas de lançamento.

Cantores/Compositores (II)

Se um esquema comercial funciona, o negócio é explorado ao máximo. Essa filosofia capitalista se aplica, é claro, na indústria fonográfica, antes de tudo um comércio como qualquer outro. Se choro vende, vamos gravar choro! Se sambão jóia funciona, vamos dar sambão jóia ao público! E sambão vem saindo, com diferentes intérpretes, dos melhores aos piores, de gente original e criativa a pobres imitadores. Se um grande nome deixa uma gravadora, os técnicos de marketing buscam, imediatamente, um substituto - de preferência com a voz e estilo bem parecido - capaz de confundir o público.

Cantores/compositores (III)

Um tema fascinante a ser explorado em trabalho de profundidade: estudar as influências geográficas na formação musical dos compositores, em suas canções, em sua visão artística ou comercial. A idéia surge-me ouvindo vários cantores e compositores, que independente de suas terras natais, podem se agrupar nos chamados "grupos" paulista ou carioca. Por exemplo, há 15 anos, quando Vinícius de Moraes declarou, no auge da Bossa Nova de que São Paulo era o túmulo do samba, houve quase uma revolução. Protestos, movimentos, ensaios, críticas, etc.

Discos do Ano

Cantoras como Beth Carvalho, Clara Nunes (Elis Regina, Bethânia, Gal Costa, etc.()(, atingem um certo ponto em que se tornam tão importantes para as gravadoras que a cada novo elepê passa a ser um desafio. De um lado, representam um público em potencial, classe A, numeroso e fiel - capaz de, facilmente, absorver de 300 a 500 mil cópias de cada novo disco. De outro, cantoras aceitas por faixas bem (in)formadas culturalmente, necessitam apresentar trabalhos a altura, certas de que a crítica negativa de seus trabalhos poderá ser prejudicial a suas carreiras.

Conjuntos

Três conjuntos instrumentais - vocais com discos colocados no mercado refletem, basicamente, os caminhos e os descaminhos de jovens músicos - compositores em busca de seu lugar ao sol.

Trilhas Sonoras

Antecipando a estréia dos filmes no Brasil - e quase que simultaneamente ao lançamento nos Estados Unidos - duas trilhas sonoras indispensáveis - "The Rose" e "10", um trabalho documental sobre um filme-marco da década ("Apocalypse"), afora uma nova ópera-rock do the Who ("Quadrophenia") e, em compacto duplo, os três principais temas de "Bye Bye Brasil", oferecem novas - e ótimas - opções aos que se interessam pela música de cinema.

Mineiros

Uma prova do talento mineiro, contribuição cada vez mais positiva na MPB - afora toda uma geração ainda emergente, que ouvimos no magnífico espetáculo "Travessia", produzido pela Fundação Clóvis Salgado (e que deve sair um lp independente, em breve) em Belo Horizonte, são quatro discos que estão na praça, de diferentes estilos e intérpretes: "Louça Fina" com Sueli Costa. "14 Bis", "Terra dos Pássaros" com Toninho Horta - os três da Odeon - e o segundo lp solo de Tavinho Moura (RCA).
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