22 anos sem Carmem
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de agosto de 1977
Há 22 anos, em Hollywood, Califórnia, morria a cantora Carmem Miranda (Maria do Carmo Miranda, nascida em Portugal, a 9 de fevereiro de 1909). A efeméride não pode ser esquecida, principalmente porque apesar de terem se passado mais de duas décadas, ainda existem fã-clubes da "Pequena Notável". Como o que é presidido por Eduardo Lemos, de Brasília, que se deu ao trabalho de distribuir circular aos diretores de todos os jornais brasileiros, solicitando "uma homenagem à grande e saudosa artista".
Eduardo Lemos lembra que "esta homenagem será um perfeito reconhecimento humano de gratidão e amor, trazendo grandes conhecimentos e, principalmente à juventude que tão pouco conhece a personalidade da citada artista. Para vislumbrarmos o futuro, é preciso conhecermos bem o passado. A interpretação dos fatos já ocorridos, tem sido uma base particularmente válida para a extrapolação dos fatos no futuro".
Eduardo Lemos termina o seu patético apelo lembrando que ainda não foi realizado "o ideal e o sonho de milhares de jovens brasileiros": a aquisição, pela Embrafilmes, dos filmes que Carmem Miranda estrelou nos EUA, na década de 40, e que permanecem inéditos para toda uma geração abaixo dos 40 anos. Quando presidente do Instituto Nacional de Cinema, Ricardo Cravo Albin tentou, inutilmente, comprar as cópias dos filmes estrelados por Carmem para que os mesmos fossem exigidos em circuitos não comercial no Brasil. Nada conseguiu! Sete anos depois, os fãs de (Carmem(, como o batalhão brasiliense, liderado por Eduardo Lemos, continuam com esperanças de rever a "pequena notável" no cinema.
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