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Aramis

Eis Derico, o assessor de assuntos aleatórios do Jô

- Derico, nosso assessor para assuntos aleatórios, qual é a sua opinião sobre o sexo das andorinhas? Tranquilo, com uma serenidade imperturbável, o flautista Derico é focalizado pela câmera e dá uma explicação que lhe vem à cabeça, quase sempre tão surrealista quanto as perguntas que Jô Soares lhe faz de improviso. Há quase um ano que todas as noites, no "Jô - Onze e Meia", milhões de telespectadores acostumaram-se com as intervenções bem humoradas deste músico trajado elegantemente , ótimo instrumentista e integrante do grupo Onze e Meia, já com um elepê em progresso, agenda repleta de compromissos e projetos de fazer um show, conduzido e com a participação de Jô Soares, expert em jazz e bom músico - de instrumentos de sopro e percussão. Jô Soares - hoje o apresentador do talk show de maior audiência na televisão brasileira dispensa maiores referências: de sólida base intelectual, estudou na Suíça para fazer carreira como diplomata, colunista de show bussiness na "Última Hora" paulista dos anos 60, já fez de tudo em teatro, jornalismo ("Veja", "JB"), rádio (atualmente apresenta dois programas de jazz na Eldorado e JB, televisão e mesmo cinema. Seu incrível talento e comunicabilidade, com uma elegância que convive com o humor irreverente, o faz um entrevistador adorado por personalidades de todos os campos - ou personagens curiosos - que a produção leva, todas as noites em seu programa - gravado antecipademnte em São Paulo, mas com todo o clima de audição ao vivo. Jô (é Eugênio soares) tem 52 anos. Mas o Derico - o "assessor de assuntos aleatórios", que hoje já faz parte de seu talk-show, quem é? Frederico Mattar Sciutti, paulista da capital, 25 anos a serem completados no próximo dia 17 de julho, músico profissional desde os 17 anos, numa tradição familiar. Sua mãe, Mercedes Mattar Sciutti foi concertista de renome e dividiu com o irmão Pedrinho Mattar, inúmeros recitais, especialmente o de "Rhapsody In Blue" de George Gershwin (1898 - 1937), transformando num antológico álbum lançado pela RCA (hoje Barclay) há 25 anos. - "Quando minha mãe gravou este disco, eu estava em sua barriga e acho que assim nasci amando Gershwin"- explica Derico, caçula de uma família com dois outros filhos que também são músicos, embora não profissionalmente: Zé Augusto, 31, saxofonista e Sérgio, 29, pianista. O pai sempre gostou de percussão. Do lado materno, a família não poderia ser mais musical: dos 10 filhões do velho Mattar, pelo menos cinco tornaram-se pianistas. Em Curitiba, há duas semanas como integrante da banda Carrefour que acompanhou os 12 candidatos na segunda eliminatórias do Festival Carrefour de Música Popular Carrefour, Derico mostrou generosamente sua competência como flautista e saxofonista. Acompanhado de seu primo Paulo, 30 anos - pianista e arranjador, circulou em canjas jazzisticas no Habbeas Coppus e Crystal. Paulo é filho de Jamil Mattar (SP, 6/12/1931-Ctba, 3/2/1975), o Zeca - o maluco do teclado, irmão mais velho de Pedrinho e que, em seus tempos de estudante de direito no início dos anos 60 defendia-se como pianista da noite, atuando especialmente em barzinhos que com belas freqüentadoras começavam a aparecer. Aqui casando-se, três filhos, Jamil - ou Zeca - trocou a noite pela advocacia, setor em que se destacaria. Derico gostaria de ser matemático - matéria que sempre o fascinou mas a música estava no sangue e assim vem levando a vida na flauta. -So que já tive tempos duros e quando casei com Regina enfrentava uma fase difícil. Indicado por um amigo, o maestro Edmundo Villani, estreou no "Jô Onze e Maeia" na noite de 8 de março do ano passado. - "Uma data duplamente inesquecível: aparecia pela primeira vez na televisão enquanto Regina dava a luz ao nosso filho, Felipe"- recorda. Ao lado de quatro outros ótimos músicos - Miltinho (baterista), Rubinho (guitarra), Bira (baixo) e Osmar Bavotti (piano), Derico integrou0se a um grupo que fornece uma trilha sonora ajustadíssima ao programa. -"Jô, essencialmente musical, exige a máxima atenção de todos nós. Basta ver no vídeo a sincronia que conseguimos obter em suas intervenções." A ascensão ao "cargo" de assessor de assuntos aleatórios que o vem tornando cada vez mais popular nacionalmente aconteceu por acaso. -"Um dia, ineperadamente , o Jô virou-se para mim e perguntou uma opinião genérica. Respondi com a primeira bateria que imaginei e o público riu. Jô também gostou. Fui aprovado na hora". Desde então, difícil a audição em que Derico não é consultado para dar seu palpite na abertura do programa, quando Jô lê a correspondência ("são milhares de cartas que chegam diariamnete") ou apresenta notícias curiosas, que ficam ainda mais gozadas com as "consultas" ao Derico. A sua admiração pelo mestre é com carinho: -"Jô é um gênio. Um talento que vale em ouro o que pesa - ótimo - e exigente - profissional que faz com que se tenha um excelente astral de trabalho. LEGENDA FOTO: Derico, durante a "canja" que deu no Bar Crystal em sua circulada curitibana. Bom flautista e saxofonista ele é o bem humorado "assessor de assuntos aleatórios" no programa "Jô - Onze e Meia."
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
23/06/1991
Boa noite, adimiro muito o seu trabalho e dou boas rizadas com a sua participação no programa do Jô. Sou saxsofonista em uma igreja, e gostaria de uma informação sobre boquilhas e palhetas pois toco sax soprano e tenho 2 boquilhas selmer , 4 yamaha, 1 meyer, 2 bary, 1 dukoff (D8) e 3 BN é claro que tenho também para variar 5 tudel de abeturas diferentes ertre eles mandei fazer um de prata pois mantem a temperatura para melhorar os agudos, gostaria de saber qual tipo de palheta vc usa e que boquilha vc me recomenda. Um abraço aguardo resposta. valeu!!!

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