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Aramis

Luteranos discutiram a questão do ensino

Quando se discute tanto a questão escolar, mas cada vez mais difíceis relações entre pais, alunos e professores - e com os estabelecimentos particulares dando saltos em suas mensalidades enquanto o ensino público é sucateado em termos de qualidade, passou praticamente ignorado um importante fórum em que o tema foi debatido por expressiva faixa da comunidade. A reunião no último fim de semana (21 e 22) no Colégio Martinus do Conselho de Educação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - a qual estão vinculados mais de uma centena de escolas comunitárias e colégios de 2º graus. Educação é assunto de Igreja. Esta foi uma das posições defendidas no encontro que reuniu professores, pastores, pais de alunos e mesmo técnicos de ensino, dissecando um documento-base que já havia sido aprovado anteriormente pela IECLB - "diretrizes de uma política educação". Consta do mesmo um objetivo tríplice para a área educacional: 1) entendimento da fé cristã; 2) a promoção do ser humano e 3) O serviço do mundo. Tudo isto baseado nos fundamentos bíblicos e confessionais reconhecidos por esta Igreja. Com quase 3 mil alunos e um bom padrão de ensino nas escolas comunitárias luteranas, a intenção dos educadores da Comunidade Evangélica é servir "não só à elite da sociedade mas a todas as camadas da população" como diz o advogado Werner Jahnkee, 50 anos, presidente da Comunidade Evangélica local. Em Curitiba, a instituição procura manter a tradição da antiga Escola Alemã - cujas origens remontam de 1866 -, o "Colégio Progresso" que desapareceu há 50 anos devido a política discriminatória de perseguição aos descendentes de alemães durante a II Guerra Mundial. Desapropriado o terreno que pertencia aquela escola, ali se faria, anos depois a Praça 19 de Dezembro - por ironia com o monumento (o homem nu, do escultor Erbo Stenzel) dedicado aos imigrantes. Foi necessário um grande esforço da comunidade luterana local para desenvolver o Colégio Martinus - fundado em 1948 - hoje considerado um dos estabelecimentos com melhor padrão de ensino no País. O Martinus surgiu primeiro como escola primária, depois ginásio e, finalmente com o segundo grau e curso de Magistério.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
24
28/09/1990

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