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Aramis

Depois do Malandro o Corsário Buarque

O ano terminou com a dupla dose de chico Buarque, para alegria geral. A pré-trilha do filme "Malandro"(de ruyGuerra, lançamento em 1986), que aqui registramos na semana passada e Ö Corsário do Rei", do musical Augusto Boal, parceria com Edu Lobo, ainda em cartaz no Teatro João Caetano. Os dois álbuns trazem diferentes intérpretes, dentro da "Ópera do Malandro"(1980) e que seguiu depois em "O Grande Circo Místico"(1982). Pelo menos duas das melhores canções do ano estão na trilha de "O Corsário do Rei"(Sigla) : "Choro Bandido"(interpretada por Edu e Tom Jobim) e "Tango de Nancy" ( com Lucinha Lins). Pailinho da Viola, por exemplo, está esplêndido como intérprete da melhor faixa da Malandro (Äquela Mulher"), enquanto Gal costa comparece nos dois álbuns : em "Malandro", com "O Ultimo Blues", em "Corsário", divididndo com Chico "A Mulher de Cada Porto", P próprio Chico é ouvido em "A volta do Malandro" e "Hino da Repressão"no primeiro disco e, apenas em dois momentos de "Corsário", dividindo com Edu e Fagner o "Verdadeira Embolada"e no dueto com Gal costa. Em compensação temos Ivan Lins ("Acalanto"). Djavan ("Meia Noite"), MPB-4 ("Opereta do Moribundo") e a maravilhosa Nana Caymmi - a grande cantora brasileira, cujo novo lp fez falta este ano, em "Bancarrota Blues". Zé Renato e cláudio Nucci, a dupla que está saindo com outro belo lp, pode ser ouvida em "Salmo"e há até uma música apropriada ao estilo do Blitz: "Show Bizz". As propostas as quais Chico buarque vem se lançando em álbuns ligados a um trabalho - balé, cinema ou teatro - apenas confirmam a sua competência profissional. Sozinho ou em parcerias (no caso de "Corsário", todos os trabalhos foram divididos com Edu Lobo), o nosso grande compositor oferece momentos da maior inspiração, com canções que independenteda obra para a qual foram criadas, têm condições de fixarem. Obviamente, não acontece em nenhum destes dosi discos, uma música de impacto imediato (como "Vai Passar", carro-chefe de seu lp de 1984), mas são marcos na carreira de um criador brasileiro que se renova sempre - oferecendo momentos da maior beleza.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
23
29/12/1985

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