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Solidão em Família (I)

"Só há uma questão realmente séria na vida: o suicídio". Alberto Camus (1913-1960) Desde a seqüência de abertura de "Noite de Desamor" (Lido II, 5 sessões), Jessie Eates prepara-se para o suicídio. Separa suas roupas e objetos, limpa as gavetas, toma todas as providências. Logo depois que sua mãe, Thelma, chega, comunica de sua decisão de se suicidar dentro de duas horas, usando o revólver deixado por seu pai - que vai buscar (após indagar a mãe onde estava) no empoeirado sótão.

No campo de batalha

Em pé, o público aplaudiu Wilson Grey, ator em 219 filmes, 41 anos de carreira, após receber a homenagem na I Mostra do Cinema Latino-Americano, domingo a noite, no Lido I. Também em pé, entusiasmado o público reconheceu os méritos de "Leila Diniz", de Luís Carlos Lacerda, O Bigode, filme inédito (só hoje a noite, terá sua primeira exibição pública no Rio de Janeiro) que concorrerá, na segunda quinzena deste mês nos festivais de Brasília e Natal.

Os dez melhores filmes exibidos em 1987

1. "Platoon", EUA, 1987, de Oliver Stone - exibido durante 12 semanas nos Cines Plaza (7) e Ritz (5) rendeu Cz$ 3.092.000,00 visto por 106.185 espectadores. 2. "Alliens, O Resgate", EUA, 1986, de James Cameron - exibido durante 7 semanas no Cine Plaza. Rendeu Cz$ 1.354.528,72 e foi visto por 71.547 espectadores. 3. "O Predador" (The Predator), EUA, 1977, de John McTierman - exibido durante 6 semanas no Cine Plaza - rendeu Cz$ 2.760.546,55 e foi visto por 65.734 espectadores.

Leila, a mulher, o mito e o filme

Só pela falta de alguém que fizesse as apresentações, foi que uma cena no mínimo pitoresca deixou de acontecer nos corredores da TV Iguaçu, na manhã de sábado, 3. Para gravar uma entrevista, ali estavam o diretor Luís Carlos Lacerda (Bigode), a atriz Louise Cardoso e Lígia Diniz - irmã caçula de Leila Diniz, biografada no filme que inaugurou no domingo, 4, a I Mostra do Cinema Latino-Americano no Paraná.

Haja tempo para tantos programas

Como se não bastasse a excelente e diversificada programação da I Mostra do Cinema Latino Americano do Paraná (cine Lido I, e auditório da Biblioteca Pública, a partir de domingo), há ainda atrações especiais no circuito comercial - sem falar na Cinemateca. É aquela velha história: há meses de indigência cinematográfica e, de repente, uma torrente de opções - tornando impossível ao cinéfilo acompanhar toda a programação. Claro que a primeira fica para a Mostra Latino-Americana: são longas, curtas e médias inéditos - alguns dificilmente terão relançamento.

"Platoon", o filme com maior público

Ao invés da pornografia, a guerra do Vietnã - devidamente avalizada com três Oscars-87 (melhor filme, direção e montagem): "Platoon", de Oliver Stone, em três meses de exibição foi visto por mais de cem mil pessoas e provou que o marketing da festa do Oscar ainda garante o sucesso do filme.

Tigipió: um Nordeste sem emoção

O nordeste, tão cantado em versos e prosas e conhecido dos filmes de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, mais uma vez aparece nas telas do cinema. Tigipió, o filme que passa hoje às 20 horas no Lido I, dentro da programação da I Mostra de Cinema Latino Americano do Paraná, para alguns serve como um grito político, que mais uma vez denuncia a situação daquele povo. Para outros, é uma história envolvendo a caipirinha da região com o fino engenheiro da cidade grande.

Trapalhões derrotam as trapalhadas de Steven

João Aracheski, 50 anos, 35 de cinematografia - começou como "boy" e nunca trabalhou em outro setor - está exibindo um sorriso dentifrício: "Os Fantasmas Trapalhões", que a sua distribuidora Íris comercializa no Paraná, está conseguindo bater as estrepolias espaciais ("Viagem Insólita") e terrestres ("Um Hóspede do Barulho") produzidas por Steven Spielberg.

Público ainda distante do bom cinema nacional

Com exceção dos Trapalhões e da reprise de "Um Caipira em Bariloche", com Mazzaropi (agora disponível também em vídeo), as bilheterias dos filmes nacionais lançados em 1987 em Curitiba foram insignificantes. Refletindo uma realidade nacional, o cinema brasileiro não teve boa performance comercial, apesar da qualidade de muitos filmes em exibição. Assim, se depender do mercado interno, só mesmo filmes como dos Trapalhões e "Eu", de Walter Hugo Khouri, conseguem se pagar e oferecer lucro aos investidores.

Caça aos piratas traz melhoria para mercado

O negócio está em tamanha alta que até mereceu matéria de capa do "Caderno 2" de "O Estado de São Paulo", 09/01/88: a entrada para valer no mercado de vídeo de grandes produtoras-distribuidoras, enquanto outras, menores, capricham em seus lançamentos.
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