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Aramis

Música

Primeira dama da música folclórica americana, na linha das canções de protesto que tem como grande líder o poeta-cantor Bob Dylan, Joan Baez é hoje um dos nomes mais populares da música dos EUA Nascida em 1942, filha de pai mexicano e de mãe irlandesa. Joan Baez trouxe em suas veias um sangue rebelde que a fez uma das vozes mais fortes da contestação norte-americana, tornando-a, principalmente a partir de 1958, a cantora predileta dos universitários e se tornando uma personalidade tão influente que a rigorosa "Time" lhe dedicou uma reportagem de capa em 1962. Criada entre Nova Iorque, Palo Alto e Boston, começou cantando em Massachusetts, em pequenos clubes de estudantes em Cambridge, mas chegando em pouco tempo em Boston. Em 1959, no Festival de Newport, foi a grande revelação para o público. Em pouco tempo gravara dois lps de baladas de Bob Dylan, de quem se tornaria uma das interpretes favoritas. Lutando principalmente contra a Guerra do Vietnã, pelos Direitos Civis e movimentos jovens, Joan Baez casou-se com um colega de contestação David, que esteve preso até há pouco por se recusar a participar da Guerra do Vietnã. Dona de uma voz pura e cristalina, com extrema sensibilidade, Joan tem criado alguns clássicos da chamada "protest song", como "Colours" (de Donovan). "With God on our side" (que lançou em Newport, em 1963), "It`s all over now", "Baby Blue", "Farewel, Angelina", (de Dylan). Em 1970 após ter permanecido alguns tempos ausente dos festivais voltou com toda força, cantando nos festivais de Biot (na França) e na ilha de With, quando lançou outra bela canção. "The night they drove". Comparada, por sua ternura de voz a Judy Collins Joni Mitchel e Mélaine - todas excelentes vocalistas com lps lançados no Brasil no ano passado - Joan Baez já desfrura hoje de um público seguro em nosso País, embora só há quatro anos a Copacabana tenha editado seus três primeiros discos. Mas é que Nara Leão, entre 1963-65, fez um trabalho simpático em torno das músicas de Joan Baez, com a qual muitos a comparam. Gravado exclusivamente na Vanguarda representada aqui pela Copacabana, Joan Baez caracteriza seus lps por um excelente nível de repertórios, arranjos perfeitos e, obviamente, letras de profundo significado, o que justificaria que acompanhasse cada disco uma página com os textos - já que somente auditivamente, mesmo aos que dominam bem o inglês é difícil entender todo o significado do que miss Baez diz. E ela não fala nada gratuitamente. Sem o luxuoso acabamento de "Any Day Now"(álbum duplo, ilustrado com desenhos da própria Joan). "Eleanor Rigby", "Any Day at at a Time" e "David`s Álbum" (com músicas em homenagem ao seu marido, quando ele estava preso), "Hits-Greatest & Otrers" (Copacabana, VALP 11762, fevereiro-74) é um disco interessante para quem ainda não possui os seus lps anteriores. Aqui, Joan interpreta alguns de seus grandes sucessos: "The Night They Drove Old Dixie Down" (Robbien Robertson) "Dangling Conversations"(Paul Simon). "Help Me MaUe It Through The Night" (Kristofferson). "Blessed Are...5 (dela própria). "Eleanor Rigby" e "Let It Be" (McCartner-Lennon) "There But For Fortune" (Phil Ochs), "The Brand New Temesse Walt" (Jesse Winchester). "Heaven Help Us All" (Ronald Miller) e duas músicas de Dylan: "I Pity The Poor Immigrant" e "Love Is Just A Four-Letter Word".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
1
23/03/1974

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