No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 29 de outubro de 1987
"Demo", o novo quinzenário político de Brasília, formato tablóide, em seu número dois, na coluna "Bastilha", publica a seguinte nota, ilustrada com foto da primeira dama do Paraná: "Aos 23 anos, além de muito bonita, a advogada Débora Dias, primeira-dama do Paraná, é uma grande novidade para quem está acostumado à frivolidade que caracteriza a maioria das esposas dos governadores, que pecam justamente por serem muito deslumbradas. Débora Dias, não. E começa por confessar que tem em "O Príncipe", de Maquiavel, seu livro de cabeceira. Com sua ajuda, aplicando direitinho tudo que ele ensina, consegue conviver com o poder".
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Mais três assessores nomeados para a Casa Civil: Roberto Luiz Pamplona, Angelo Francisco Gonçalves de Deus e Fátima Aparecida Ferreira de Gouveia.
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O publicitário Renato Mazaneck é quem atende a gorda e saborosa conta do Le Piége. Há duas semanas, Mazaneck reuniu convidados para conhecerem a super-suite de quase quatrocentos metros quadrados. Pena que o convite não incluísse acompanhantes e um teste na suite digna dos tempos de Messalina e Lucrécia Borgia.
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Ferreira Gullar em boa fase de produção: concluiu o libreto de "O Romance das Quatro Luas" - para o balé musicado por Chico Buarque e Edu Lobo, contratado pelo Guaíra - e reuniu sua produção literária, entre 1980/87, edição José Olympio: "Barulhos".
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Na Galeria Funarte, exposição de dois fotógrafos de Brasília: Ricardo Junqueira e Nicolau El-Moor. A promoção é do Gabine 3 - Assessoria de Marketing. Nicolau e Ricardo são os fotógrafos oficiais dos grupos de rock Plebe Rude e Legião Urbana, acompanhando-os por todo o Brasil.
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Duas boas reedições da José Olympio: "O Melhor do Conto Brasileiro" (volume I, 118 páginas, Cz$ 140,00), reunindo textos de Aníbal Machado, Josué Montello, Rachel de Queiroz e Orígenes Lessa. Já "O Quinze", de Raquel de Queiroz, chega a 37ª edição, com ilustrações do curitibano Poty. Lançado em 1930, este romance narra a seca de 1915 no Nordeste.
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José Henrique Nunes Pires, 26 anos, catarinense de Florianópolis, uniu-se a Norberto Verani Depizzolatti e Sandra Mara de Araújo, e acaba de publicar um livro referencial da maior importância: "O Cinema em Santa Catarina" (Editora da UFSC/Embrafilmes, 124 páginas). Precioso levantamento sobre as primeiras exibições, os pioneiros do cinema catarinense e os que saindo daquele Estado conseguiram projetar-se.
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Entre os cineastas catarinenses que se projetaram nacionalmente estão João Calegero, Rogério Sganzerla, Marcos Farias e Ody Fraga, os dois últimos já falecidos. Ody, aliás, que em 1964 veio ao Paraná dirigir "O Diabo de Vila Velha" e nos últimos anos se dedicou apenas a pornofitas, morreu há poucas semanas - e foram mínimos os registros de seu desaparecimento.
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A Secretaria da indústria e Comércio decidiu, afinal, conhecer melhor a realidade do comércio varejista na Região Metropolitana de Curitiba. Contratou uma pesquisa a respeito, que terá também ajuda do MIC.
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