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Aramis

A nossa economia ( III )

Apesar da economia paranaense residir ainda basicamente no setor agrícola, não é das maiores a presença de empresas do Estado no quadro de produtos alimentícios, no levantamento da revista " Visão"("Quem é Quem na Economia Brasileira", agosto 76, Cr$ 100,00). O setor de alimentos, de importância capital para o País, por seus aspectos político-sociais, conseguiu modernizar-se e ampliar sua capacidade na última década, apesar das habituais barreiras encontradas, como as oscilações dos preços das matérias-primas, em resultados das quebras de safra, a deficiência da infra-estrutura de transporte e armazenagem e o controle de preços pelo Governo. Os maciços investimentos das empresas nos últimos anos podem ser atribuídos a três fatores principais. Primeiro, a expansão de algumas faixas do mercado, com o aumento de seu poder aquisitivo. Em segundo lugar, a inovação das técnicas de comercialização (auto-serviço, novas embalagens, etc) e a ampliação das redes de distribuição. E, por último, a crescente importância das exportações na obtenção de divisas para o País. Entre os 50 maiores moinhos do Brasil, não está nenhum do Paraná. A liderança deste setor continua com o Moinho Fluminense, do Rio de Janeiro, que com um patrimônio líquido de Cr$ 329.958.000,00 faturou em 1975 nada menos que Cr$ 392.847.000,00, obtendo um impressionante lucro líquido: Cr$ 97.927.000,00. Entre os 51 maiores frigoríficos brasileiros, apenas um é do Paraná: o Baggio S/A, com seu patrimônio líquido de Cr$ 28.115.000,00, faturamento de Cr$ 24.219.000,00 e lucro líquido de Cr$ 1.132.000,00 no ano passado. O maior frigorífico do Brasil é, naturalmente, o Concordia S/A, em Santa Catarina, que faturou em 1975, Cr$ 715.301.000,00, obtendo o lucro de Cr$ 67.271.000,00. Nenhuma empresa paranaense do setor de laticínios obteve lugar entre as 21 maiores do Brasil e, entre as usinas de açúcar, a Emilio Romani & Cia., com seu patrimônio de Cr$ 32.851.000,00, ficou em 77º lugar. Em compensação, das 7 indústrias de café solúvel, as duas maiores estão no Paraná: a Cacique, com patrimônio de Cr$ 170.696.000,00, faturou nada menos de que Cr$ 333.192.000,00, obtendo um lucro líquido de Cr$ 29.274.000,00. A Companhia Iguaçu de Café Solúvel, com capital de Cr$ 65.461.000,00, faturou Cr$ 116.651.000,00 em 1975 e obteve um lucro líquido de Cr$ 5.318.000,00. Entre as maiores empresas de óleos vegetais, três são do Paraná: a Imcopa em 16º lugar (patrimônio de Cr$ 39.541.000,00, faturamento de Cr$ 172.569.000,00, lucro líquido de Cr$ 16.294.000,00); o Oleolar S/A, em 17º (patrimônio de Cr$ 38.823.000,00; faturamento de Cr$ 181.316.000,00 e lucro líquido de Cr$ 4.962.000,00) e em 18º, a Olerol, de Rolândia (patrimônio de Cr$ 32.076.000,00; faturamento de Cr$ 282.853.000,00 e lucro líquido de Cr$ 1.279.000,00.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Nenhum
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22/09/1976

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