TEATRO
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de março de 1973
Dentro do Festival do Cinema Italiano, mais um lançamento especial terá lugar no cine Flórida: "Obrigado, Tia", em exibição nas noites de quarta e quintas-feiras de Cinzas, numa iniciativa do distribuidor Egom Prim. Obra de estréia do jovem (23 anos, na época de realização) Salvatore Zamperi (foto), "Grazie, Zia", deveria representar a Itália no Festival de Cannes de 1968. Pessimamente lançada no Brasil em 1969, este filme adulto e corajoso representativo da nova escola italiana - passou despercebido em Curitiba, quando de sua exibição no Cine Palácio. Seu relançamento se constitui, então, numa oportunidade do público interessado no melhor cinema dos anos 60 em conhecer uma obra de um cineasta que, por nós particularmente, é tão importante quanto Roberto Faenza "Escalation"), Bernardo Berlocchio ("De Punhos Cerrados") e o hoje internacionalmente badalado Bernardo Bertolucci ("O Conformista"), após seu polemico "O Último Tango em Paris". "Granzie, Zia", rodada em 1967, com roteiro de Sérgio Bazzini e o próprio Zamperi, com fotografias de Aldo Scavardo e trilha sonora de Ennio Morridone, trouxe no elenco uma atriz excelente como Lisa Gastoni - no papel de Lea, a tia do neurótico jovem Alvise, interpretado por Lou Castel, que anteriormente já havia sido lançado por Berlochio no chocante mas atualíssimo "In Pugni In Tasca". Gabriele Ferzetti, astro de "Escalation" de Faenza - outro diretor da mesma linha - aqui cria uma marcante atuação como o industrial Serafino, pai de Alvise.
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