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Aramis

Os livros de Luiz e Karam

Dois jornalistas de Curitiba em lançamentos editoriais de fôlego nacional: Luiz Manfredini, 35 anos, autografa, hoje a noite, na Casa Romário Martins, "Albânia - Horizonte Vermelho nos Balcãs" (Alfa Omega, 208 páginas). Já pela Marco Zero, está saindo "Fontes Murmurantes", primeiro romance de Manoel Carlos Karam, ex-secretário de redação de O ESTADO DO PARANÁ e autor de várias peças de teatro e de um livro de poemas. xxx Manfredini, que também já fez parte da equipe de O ESTADO DO PARANÁ e hoje é assessor de imprensa da Secretaria da Educação, diz: "Não tenho títulos. Minha passagem pela escola formal foi meteórica e toda minha formação intelectual deu-se com base num teimoso autodidatismo e, como diria Gorki, "na universidade das circunstâncias", digamos nada animadora, dos anos 60". Aluno do Colégio Militar de Curitiba, época em que chegou a participar de um grêmio literário que se reunia aos sábados, na Biblioteca Pública, Manfredini fazia o curso científico, em 1968, já então no Colégio Hildebrando de Araújo, quando o diretor Stalin Passos, muito discretamente, o avisou que "o Exército andara perguntando por ele". Saiu da classe e nunca mais voltou. "Até hoje". Sobre sua presença no jornalismo, Manfredini lembra: - Alguns pendores literários manifestados aos jornais de escola me conduziram ao jornalismo quando as necessidades de sobrevivência apertaram. Isso foi em 1971 e, de lá para cá, o que tenho feito é escrever nessa dolorosa maratona do dia a dia. Começou na "Tribuna da Bahia" (em janeiro de 1971), onde curtia um "exílio baiano"; depois veio para Curitiba, aqui se integrando à equipe de O ESTADO DO PARANÁ. Passou por vários sucursais - "O Estado de São Paulo", "Jornal do Brasil", revista "Isto É"e, nos dois últimos anos, está na Secretaria da Educação. xxx No início do ano passado, Manfredini foi à Albânia, com recursos próprios. Explica essa opção pouco turística e bem política: - "Fui à Albânia com o intuito de escrever uma ampla reportagem. Era uma idéia antiga sempre abortada pela falta de recursos e pela eterna negação do passaporte pelas autoridades. Com a anistia, em 1979, e uma economia de alguns anos, consegui viajar". LEGENDA FOTO - Manfredini: livro sobre a Albânia.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
08/08/1985

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