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Aramis

Os separatistas do Iguaçu e o país com que sonha Tramujas

Ao contrário de Ildo Marx, outro gaúcho separatista, Sérgio Alves de Oliveira, defendia há três anos a criação de uma República Sulina - "Independência do Sul" (Martins Livreiro Editor, 80 páginas, 1988) na qual incluía também o Paraná. Marx preferiu ficar apenas com parte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ignorando totalmente o Paraná - apesar da forte presença migratória gaúcha nas regiões Oeste e Sudoeste. Possivelmente não faltariam(rão) adeptos das teses separatistas destes gaúchos, se o assunto ganhar fórum de seriedade - capaz até de preocupar autoridades. Dos quase 1500 Centros de Tradição Gaúcha que hoje existem em vários Estados, 150 já estão no Paraná. - "Estes são os oficialmente registrados, pois há muitos que nem se tem conhecimento oficial" - diz César Setti, 26 anos, paranaense de Pato Branco mas filho de pais gaúchos, editor de "Galpão de Estância" (O Estado do Paraná, edições dominicais; Tribuna do Paraná, nas quintas-feiras), produtor e apresentador do programa "Galpão da Estância", na Rádio Clube Paranaense (domingos, 20/22h30). Apaixonadíssimo pelo nativismo, acompanhando os principais eventos que acontecem no Sul (e organizando alguns deles no Paraná), Setti diz que o boom gauchesco no Paraná aconteceu nos últimos anos. - "A primeira entidade regionalista foi o Centro Gaúcho do Paraná, fundado em 1954, mas só em 1963, o pioneiro Tobias do Vale organizaria o I Rodeio, em São Luís do Purunã, promovido pelo CTG Vila Velha. De repente, nestes últimos anos, começaram a pipocar CTGs em todos os municípios". Junto com os CTGs cresceu a chamada "indústria nativista" - churrascarias, bailões, "bolichos", lojas que comercializam produtos regionais, discos, artistas gaúchos em temporadas locais etc. Hoje, a tendência de "texanizar" os rodeios - com doma de bois - preocupa Setti. - Isto já foge das tradições e nada tem em comum com a cultura regional do Sul. É o colonialismo americano, via country style, que chega pelo Centro-Oeste e Interior de São Paulo - reclama. Professora universitária, neta de um dos homens-símbolos da intelectualidade dos anos 20 - o poeta e filósofo Dario Velloso, Roselys Velloso Roderjan passou os últimos sete anos estudando a questão da presença dos paranaenses na colonização do Sul e como resultado escreveu a tese "Formação de Comunidades Paranaenses e Sua Expansão para o Sul", defendida há um ano como dissertação de mestrado na área de História junto a Universidade Federal de Santa Catarina. Revisando agora os originais para a edição em livro - com o título "Raízes e Pioneiros do Planalto Médio do Rio Grande do Sul" (Edição da Universidade de Passo Fundo/Prefeitura de Carazinho, aproximadamente 200 páginas, lançamento previsto para 1991), Roselys tem sólidas opiniões em torno da presença dos paranaenses na criação de várias comunidades gaúchas - especialmente Cruz Alta, Passo Fundo, Carazinho etc. - e também sobre o expansionismo dos pampas. Só que, discreta e para evitar polêmicas, mostra-se reservada em relação aos movimentos tradicionalistas, "que crescem não só no Paraná, mas também em outros Estados". Separatismo não é novidade e, com maior ou menor voltagem, lideranças das regiões Oeste de Santa Catarina e Paraná, volta e meia, ameaçam com movimentos para a criação de um novo Estado. A idéia do Iguaçu - aproveitando parte dos dois Estados - que é remanescente do período em que existia o Território Federal do Iguaçu, se tornou ponto de campanha de muitos políticos. Ainda agora, o advogado Edi Siliprandi, de Cascavel, conseguiu uma vaga na Câmara Federal pela legenda do PDT, fazendo 17.315 votos e tendo como principal bandeira lutar para a criação do Estado do Iguaçu. Só que embora com algum apoio na região, Siliprandi - de quem pouco se ouviu falar até agora no Sul - vai enfrentar muita oposição às suas propostas divisionistas. César Setti, percorrendo o Estado regularmente junto ao circuito nativista, admite, entretanto, que a questão deva ser tratada "sem paixões, com argumentos razoáveis". Já o promotor público Arthur Tramujas Neto, 40 anos a serem completados no próximo dia 27 de dezembro, é contrário à idéia. Apaixonado por nativismo, autor do polêmico ensaio "Passe a Cuia, Tchê!" (Edições Leite Quente/Fundação Cultural de Curitiba, 30 páginas, 1989), Tramujas dedicou seus últimos 10 anos a formar uma imensa biblioteca de assuntos sulinos e mergulhar na cultura nativista (o que não o fez abandonar a paixão pelo jazz e música americana, tanto é que gravou "Summertime", dos irmãos Gershwin, no lp "Optimun In Habbeas Corpus, lançamento no próximo dia 19). Durante os seis meses que passou na Europa (janeiro/julho), pesquisou nas bibliotecas de Milão, Barcelona e Sevilha, voltando com documentação que comprova que o uso do chimarrão não nasceu nem no Rio Grande do Sul, nem em Guaíra - como havia colocado em sua tese -, mas em Tindiquera, Araucária, "ou seja bem pertinho de Curitiba". Reportando-se à história e lembando que Gumercino Saraiva (José Higydio Farinha, Arroio Grande, 13/1/1852 - Santa Clara de Olimar, RS, 10/8/1894), ao liderar a Revolução Federalista, à frente dos Maragatos já defendia a República Sulina, Tramujas - que é curitibano mas criado em União da Vitória -, diz: - Sou contra o Estado do Iguaçu mas totalmente favorável à República do Sul, Tchê! Prova disso é que à frente de um grupo de amigos que faz sua happy hour no folclórico Bar Botafogo, no Alto das Mercês, Tramujas ali redigiu o anteprojeto da nova república, orientou Dino Mazarotto, dono do bar, a confeccionar 500 t-shirts com a frase "O Sul é o meu país" e junto com o catarinense Dante Mendonça, propôs que a nova moeda da República do Sul se chame "Píla". - "Com o valor de uma por dez dólares"! LEGENDA FOTO - Tramujas: a República do Sul de seus Sonhos
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
11/11/1990
que texto bem grande graças a deus que eu encontrei ele!!!
Ridículo. Fruto da mente de um bando de imbecis que não têm noção de realidade suficiente para acordar dessa fantasia.
ou
em vez de imbecil, prefiro as palavras " cansado dos políticos Nordestinos e sua massa de manobra"
Sou a criação dos Estados do Pampas e do Iguaçu, mas acredito que se fossem criados os Estados de GETÚLIO VARGAS (Florianóplis sua capital) uma faixa imaginária que se estende desde a Grande Florianópolis até o extremo norte gaúcho. O Estado do NOVO PARANÁ (Londrina sua capital) desde o norte paranaense até o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Imcorporando o Estado de São Paulo (sem a maior parte do oeste paulista que passaria a se chamar de Estado do ANHANGUERA - Ribeirão Preto sua capital continuaria com a Região Sudeste) e Joinville passaria a ser a capital de Santa Catarina. A Região Sul passa a contar com São Paulo, Novo Paraná de Getúlio Vargas, além de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
A região sul do Brasil merece uma nação independente. As tradições regionalistas estão muito desvalorizadas nesse país, e uma região sulina concerteza como nação seria uma ótima idéia!
Pela primeira vez ocupo esse tipo de espaço.O tema é fascinante. Mas é preciso libertar-se da lavagem cerebral chamada Brasil,que já infelicitou tantas gerações para concluir que novos mundos são possíveis e provavelmente melhores. O meu país fica onde está meu povo. E meu povo é o Sul,não outras regiões. E que o sonho de Tramujas se realize para felicidade de todos.
Uma nova reorganização territorial e administrativa do Brasil pode ser muito útil, com a criação de novos estados em determinadas regiões, e a fusão de outros estados em determinados situações. O estado de Iguaçu, assim como o de Carajás (PA) são projetos que têm algum fundamento. Entretanto, isto é muito diferente de defender o separatismo, que é uma praga muito antiga e que ainda resiste em algumas regiões decadentes da região sul do país. Esta praga deveria ser extirpada de vez. O separatismo está intrinsecamente ligado ao racismo e ao sentimento de superioridade de um grupo sobre outros. Não pode ser aceito de forma alguma no nosso Brasil, um país de gente miscigenada e de muitas culturas. Manifestações separatistas deveriam ser punidas com o mesmo rigor que manifestações de racismo, apologia ao crime e traição à pátria. Não há maior crime contra um país do que querer destruí-lo por dentro, dividindo-o e opondo seus cidadãos uns contra os outros. Isto é o que querem as grandes potências, que querem dividir o Brasil para melhor reinar sobre nós. Apoiar tal idéia, sustentando-a em premissas racistas não pode ser considerado menos que um crime de lesa-pátria.
SUL
O SUL ONDE FICAM OS ESTADOS DO RIO GRANDE , SANTA CATARINA E PARANA, É DO BRASIL, PORTANTO QUEM QUISER SE SEPARAR VÁ EMBORA E DEIXENM AS TERRAS PORQUE ELAS SÃO DO BRASILÉ SEMPRE SERÁ
A recrição do Estado do Iguaçu-IG, anexado com o extremo sul de Mato Grosso do Sul, capital: Foz do Iguaçu. Eu iria ainda mais longe com a criação do Estado do Pampas-PP, capital:Pelotas e trazendo São Paulo de volta pra Região Sul (sem o novo Estado do Anhanguera-AH, capital:Ribeirão Preto - que permaneceria na Região Sudeste). A Região Sul passaria a contar com: SP, RS, PR, IG, PP e SC. Quem foi que disse que o Sul está fora dessa nova criação de novos Estados, hem!?...
Ontem (dia 10 de novembro de 1990) esse texto fez vinte anos (é bastante tempo) e até hoje os dois movimentos (Estado do Iguaçu - Oeste do PR e SC juntos - República do Pampa - o Sul do Brasil se tornar país) não sairam do papel. É mais fácil o criar o primeiro (coisa que está na Internet desde fevereiro onde tem textos dizendo que vão criar o Iguaçu e mais dezessete estados - dois o congresso já aprovou - Carajás - Sudeste do PA e Tapajós - Oeste do PA - onde ano que vem os eleitores dessas duas regiões votarão em plebiscitos). Se o Sul se torná - se país seriamos os únicos da América Latina a estar no clube dos desenvolvidos (o Brasil é um país em desenvolvimento). O Sul é a região mais discriminada do país em termos de cultura (o centro do país - SP e RJ - só sabem divulgar cultura de SP pra cima - até hoje - em 1998 - só vi uma vez um grupo gaúchesco se apresentar no Faustão - fico p da vida quando vejo forró e axé music na televisão, troco de canal na hora - tenho nojo do sulista que gosta desse tipo de música e que tem bandas sulistas de forró - pois não percembem a discriminação cultural em relação ao sul do Brasil). Sou contra o Sul se tornar país (apesar que as vezes eu tenho incentivos), pois não devemos ser mesquinhos ou egoístas diante do povo nordestino e nortista (devo lembrá - los que em 1992 um nordestino (Vital do Rego - PDT - PB) deu parecer favorável ao projeto ou seja não todo nordestino que é contra o Iguaçu como pensam alguns. É por esse motivo que sou contra o Sul se tornar país. Mas sou favorável o sul do Brasil ter um quarto estado (o Iguaçu), pois o oeste de SC nem tem universidade gratuíta (a UFSC existe desde 1960 e até hoje não tem um campus no meio oeste e oeste - a pesar que vão criar a UFO - Universidade Federal do Oeste nos três estados do Sul - mas até sair do papel vai levar anos), as duas capitais ficam muito longe das regiões (Curitiba e Florianópolis) apesar de que o governo do estado de SC criou as secretárias regionais. O oeste de SC tem uma cultura diferente do litoral de SC (açoriana a alemã) muitos do centro do país e norte do país acham que nós oestinos moramos perto de Florianópolis. Com o Iguaçu as duas regiões serão mais conhecidas e desenvolvidas. Respeito a opinião de quem é contra o IG (sigla do estado do Iguaçu).
Meu Caro Matheus Signori O amigo tem razão qdo diz que em 20 anos a ´proposta do país do Sul não saiu do papel. Presumo que o Senhor seja simpático à idéia de Tramujas e outros. E o que o Senhor fez nesse tempo ? Saberia o Senhor que muito está sendo feito,mas que quase nada aparece,por razões óbvias ? E que se o senhor tivesse feito alguma coisa a causa poderia estar mais adiantada? Em todo o caso o Dr.Tramujas merece todo o apoio porque é uma exceção o fato de uma autoridade do Sistema considerar uma idéia não agasalhada por esse Sistema "podre". E a possibilidade de aumentar Estados-Membros está bem ao gosto dos políticos,aumentando os seuis "empregos", É o que o Senhor defende ? É candidato ? Sérgio Alves de Oliveira (gaúcho)
Se voces separarem, por favor, nao deixem Goiás pregado aos estados do SArney, Collor, Calheiros, Pedro Novais.... Nos leve junto
Sou Favorável a criação de novos estados no Brasil moro em Maringá-Pr Fui natural de Tupãssi-pr próximo a Cascavel fui criado em Umuarama-Pr capital da Amizade e Gostaria de saber se novo estado teria como divisa o rio Ivaí. Incluindo importantes cidade como (Umuarama, Cianorte e Campo Mourão) também seria incluídas neste novo estado. Gostaria que a Nossa capital fosse Cascavel já conhecida como Capital do OESTE. Acho que devemos passar noticias estas aspirações nestas regiões marginalizadas pelas nossas capitais no litoral e no primeiro Planalto.

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