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Trilhas trazem até o som do que ainda não se viu

O ano promete em matéria de trilhas sonoras, impulsionadas neste mês de março e festa do Oscar - o que faz com que ao menos as sound tracks dos nominados ganhem edições nacionais. É bem verdade que a melhor trilha da temporada saiu mesmo no final de 1988 - "Bird", o magnífico trabalho de remixagem que Lennie Niehaus fez com solos de Charlie Parker (1920/1955), com novos acompanhamentos, numa trilha à altura do belíssimo filme de Clint Eastwood - mas que infelizmente ficou apenas uma semana em exibição no Bristol (a trilha foi lançada pela CBS, em disco convencional e também CD).

Do barquinho ao avião, uma história por especialistas

A Bossa Nova, pelo seu significado cultural, pela permanência que trouxe à MPB - rompendo tabus e dando bases a toda uma geração que nela soube beber as melhores influências - até hoje mereceu mínima bibliografia. Ramalho Neto, na época diretor artístico da RCA (hoje BMG/Ariola), foi o primeiro a tentar uma biografia do movimento chamado "Historinha do Desafinado" - obra há muito esgotada. Alguns outros pesquisadores e ensaístas voltaram-se bissextamente ao tema, mas sem um estudo de maior fôlego.

Se não fosse a Revivendo...

Está sendo cada vez maior a repercussão nacional do trabalho que Leon Barg, um pernambucano que curitibanizou-se há 39 anos, vem realizando há 18 meses: a reedição do que há de melhor em nossa música - possuidor de uma das três maiores coleções de 78 rpm do país, formada ao longo de mais de 50 anos de pacientes escavações Brasil afora, Barg, 60 anos, tem a matéria prima - ou seja, os fonogramas, para fazer as melhores reedições.

Gal é agora o nome de perfume sensual

Gal Costa, hoje uma das mais belas vozes do Brasil, em escalada internacional (dia 15 de março, concerto ao lado de Tom Jobim, no Tower Hall, em Nova Iorque) possivelmente virá a Curitiba para uma apresentação muito especial. Desta vez não será no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto nem no Curitibano ou outro clube capaz de bancar o seu cachê. Será num local sofisticado, em data e local ainda não escolhidos, para privilegiados convidados. Com um detalhe: nem Gal vai cobrar nada pela apresentação, nem haverá ingressos à venda - apenas convites numa listagem muito bem selecionada.

Nei Lisboa, o marginal assumido do som gaúcho

Há mais ou menos cinco anos o gaúcho Nei Lisboa esteve em Curitiba, estimulado por sua amiga Cida Moreira (que, louve-se, foi a primeira a reconhecer seus méritos) e fez uma frustrante temporada no Teatro da Classe. Menos de 30 pessoas apareceram nas três noites em que ali esteve.

Geléia Geral

Mais um baiano nas águas do reggae: Ricardo Chaves. O moço conseguiu fazer de "Eva" (sucesso do extinto Rádio Táxi no início dos anos 80) num excêntrico tecnoafoxé (?) que foi dos mais tocados nas FM's de Salvador (que prestigiam demais os autores da terra). Formado em administração de empresas. ex-integrante da banda Cabo de Guerra, premiado várias vezes em Salvador, com um disco independente, agora Chaves chega pela CBS com um reggae ecológico logo na abertura, "Mãe Natureza" (Luciano Gomes), que puxa outras músicas de embalo, que, ao menos na Bahia, têm seu público. ***

Mais um pacote com melhor jazz

A confirmação de (excelentes) atrações para a quinta edição do Free Jazz Festival - aberto este ano para a participação de instrumentistas de todo o país, na parte nacional - estimula, naturalmente, que as gravadoras ampliem os seus catálogos de jazz, gênero que, felizmente, vem sendo fortalecido nos últimos anos - tanto com lançamentos contemporâneos como de gravações históricas.

Mais de 200 candidatos na espera dos troféus

Eis a relação completa dos indicados para o Prêmio Sharp da Música, nas oito categorias. Pop/rock Arranjador: Ari Mendes (lp "Angela Ro Ro", Eldorado); Leo Gandelman (lp "Nico Rezende", WEA) e Portinho (lp "18 anos sem sucesso", com o Joelho de Porco, Eldorado). Revelação masculina: Ed Motta (lp "Ed Motta e Conexão Japeri", WEA); Fábio Fonseca (WEA) e João Figar (3M). Música: "Brasil" (Cazuza, George Israel, Nilo Romero), com Gal Costa; "Faz parte do meu show" (Cazuza/Ladeira, com Cazuza); "Ideologia" (Cazuza/Frejat, com Cazuza).

Ovation, o pacote para os clássicos

Mais um pacote para aproximar o grande público da música clássica - que não morde mas contamina saudavelmente o ouvinte para a alta qualidade. Mais uma vez é Henrique Sverner, dono da cadeia Breno Rossi, quem banca a tiragem inicial de uma coleção de gravações por ele apontadas - naturalmente com base no marketing cultural-comercial de seu circuito (que inclui uma loja no Shopping Mueller), pois este esquema vem funcionando há tempos, passando por gêneros como jazz (em colaboração com a CBS) e até trilhas de musicais americanos (com a BMG/Ariola, há dois anos, mas que não funcionou).
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