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Sérgio Cabral

O cenário de Martinho

Após uma crise de três anos (1968/70), o Samba ressurgiu com força em nosso mercado, apesar de toda alienação provocada pela [supérflua] música pop.

MPB na Universidade

A Universidade de Brasília, que apesar de todas as crises sofridas nos últimos anos continua a ser uma das instituições de ensino e pesquisa mais importantes do Continente, será a primeira do País a criar um curso de pós-graduação em Música Popular. Para tanto o seu Departamento de Música, dirigido pelo Professor Orlando Leite, vem promovendo uma série de seminários preparatórios, com a participação de pesquisadores e teóricos da MPB.

A história das escolas

Depois de realizar o chamado mapeamento musical no Brasil, com as coleções "Musica Popular do Nordeste" (1972) e "Música Popular do Sudeste-Centro-Oeste" (1973/74), que agora terá prosseguimento com "Música Popular do Sul", o produtor Marcus Pereira faz outro lançamento fundamental para a cultura musical brasileira: "História das Escolas de Samba". Entregando ao competente J. C. Botezelli (Pelão), o produtor do ano (74) pelos discos de Cartola e Adonirã Barbosa, esta tarefa, Marcus Pereira fez uma coleção fundamental para quem se interessa por nossa cultura popular.

Elizeth, informalmente

Em 1973, uma das grandes ausências fonográficas foi a Divina Elizeth Cardoso - que a cada ano comparece com um elepê que sempre [tem] condições de aparecer entre os melhores da temporada. No ano [passado], a Divina fez um bom disco, produzido por Moacyr Silva, [saxofonista] e seu amigo há muitos anos, que deu uma característica [...] à gravação.

Cesar Costa Filho, o samba que diz muito

"Em silêncio não significa calado. "De Silêncio em Silêncio" pode significar uma porção de coisas. Até mesmo isso: de silêncio em silêncio. Mas, talvez o silêncio seja o solo da canção..." (Jésus Rocha) Em "Só Isto" (faixa 6/lado A) do lp De Silêncio em Silêncio" RCA Victor, 103.0146, setembro/76) cada estrofe é separada por alguns segundos de silêncio, o que confere maior dramaticidade a letra de [Jésus] Rocha, que a certa altura, numa espécie de autobiografia diz: Meu nome lembra Jesus Cristo O passaporte, o sonho aflito Cruzei a solidão e o braços

Trivial Variado

O pianista Arthur Moreira Lima em seu concerto programado para sábado, no auditório da Reitoria, incluirá ao lado de peças de Bach, Chopin e Prokofieff, alguns chorinhos de Ernesto Nazaré (1863-1934), compositor do qual acaba de gravar um elepe nos Discos Marcus Pereira. O aguardado álbum, ainda não colocado à venda, traz apresentação de Sergio Cabral, que escreveu na contracapa: "Se Ernesto Nazareth e Arthur Moreira Lima fossem contemporâneos, não tenho a menor dúvida: seriam amicíssimos um do outro.

Eliana, afinal um grande disco

Uma prova de quando é importante um bom produtor na carreira de uma cantora é o último elepe de Eliana Pitman, Filha (adotiva do admirável Booker Pitman (1909-1969) ao lado de quem iniciou sua carreira de vocalista nos anos sessenta, tendo como empresária uma das figuras mais famosas do folclore musical brasileiro, a vigilante supermãe Ofélia, que da ternura do personagem de Shakespeare só tem o nome, Eliana sempre teve boas oportunidades. Nunca lhe faltaram bons contratos e chances para se afirmar como show-woman.

O bom "Realejo" que Rildo sabe executar

Nesta época de consumo do mais supérfluo rock tupiniquim - sem falar nos pacotes internacionais - deve-se saudar, com entusiasmo, o aparecimento de discos de instrumentistas brasileiros. Por exemplo, o Som da Gente, bravamente, inaugura seu catálogo de 1987 com um belíssimo elepê da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, que anteriormente fez dois discos, produzidos por Hermínio Bello de Carvalho e Maurício Carrilho - mas que ficaram restritos ao circuito oficial.
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