Amor & Desamor em números
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de abril de 1977
Como o divórcio volta à ordem do dia - e agora com amplas chances de ser, afinal, aprovado, por certo tanto os seus defensores, como os figadais inimigos - setores conservadores, Igreja e, principalmente a Tradição Família e Propriedade - sairão às ruas, brandindo argumentos e, no caso dos rapazes da TFP, medievais estandartes coloridos. E dados estatísticos também contam na guerra dos argumentos, em que os nossos congressistas serão envolvidos - pelas duas correntes.
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Assim, é interessante ver, mais uma vez, como vão as coisas em Curitiba, em termos de desquites. Já houve época, em que os números - que se diz, não mentem jamais - davam à nossa cidade, proporcionalmente a sua população, com um dos mais altos índices de separação do país. A população cresceu, sociologicamente novos fatos ocorreram e estes recorde, por certo, passou para outras cidades - como Brasília, onde recente reportagem analisou a solidão, a infidelidade e as conseqüentes separações.
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Legalmente, nestes quatro últimos anos, exatamente 2.956 casais desquitaram-se somente em Curitiba. Em números aproximados, uma base de quase 3 desquites homologados por dia nas duas varas de Família. Deste total, 1.940 foram amigáveis e 916 judiciais. Afinal, a percentagem dos acordos tranqüilos ainda é grande...
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Ano a ano, de 1976, para cá, tem sido a seguinte a curva ascendente dos casamentos que chegam ao fim: 788 em 1974 (541 amigáveis, 247 judiciais); 829 em 1975 (542 amigáveis e 287 judiciais) e 954 em 1976 (646 amigáveis e 308 judiciais).
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Em 1977, a curva está crescendo, de forma impressionante, o que poderá elevar, até o final do ano, a 4 ou 5, o número de homologações diárias de desquites. Até agora - nos 110 primeiros dias do ano, houve 285 desquites, dos quais 211 amigáveis.
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Junto a 1ª Vara de Família, as anulações de casamento, por diversos motivos, vem diminuindo: 17 em 1974, 12 em 1975, 16 em 1976 e, nos 4 primeiros meses de 1977, apenas seis processos em tramitação.
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Seria interessante cotejar estes números com os de casamento. Que ainda continuam a serem elevados - provando que apesar de tudo a instituição ainda se mantém firme. E, ao menos, atraente.
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Aos sociólogos, psiquiatras, psicólogos e curiosos, as interpretações dos números!
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