Artigo em 17.10.1978
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 17 de outubro de 1978
Mais do que um simples jantar de homenagem a uma colega, a reunião que terá lugar amanhã à noite, no restaurante do Senac, em torno de Nancy Wetphalen Correa, por sua escolha para a presidência do Conselho Federal de Biblioteconomia, representa o fortalecimento a uma categoria profissional que, organizada e disciplinadamente, vem sendo valorizada. Enquanto tantas profissões ainda estão à espera de regulamentação e outras mesmo regulamentadas, como a de jornalista, são burladas por "curiosos", "colaboradores" e mesmo "picaretas" que se intitulam profissionais da notícia, as bibliotecárias(os) há anos conseguiram moralizar a profissão. E Nancy, lapeana de longa tradição, mulher ativa, sem papas na linguagem e que sempre se destacou como autêntica líder de classe, foi a primeira bibliotecária a ocupar a direção de nossa Biblioteca Pública, que anteriormente era reservada a intelectuais e amigos do Governador, por ali passando advogados, historiadores, etc. Depois da gestão de Nancy, prevaleceu a lei: só quem é formado em biblioteconomia pode dirigir uma biblioteca. E, assim, antes do Governador e Secretário da Educação e Cultura prometer tal cargo, tem que observar se o apadrinhado tem o diploma devidamente registrado. Aliás, esta mesma exigência é observada em todas as bibliotecas públicas e particulares. A propósito: o prefeito Saul Raiz, finalmente, sensibilizou-se com a sugestão que bibliotecárias lhe fizeram há muito (e muito) tempo para criar bibliotecas em bairros, já que a central está carregada, especial na divisão infanto-juvenil, [freqüentada] diariamente por milhares de criança. As bibliotecas municipais serão instaladas, inicialmente no Portão e na Rua Schiller (Jardim Ambiental), no terreno que originalmente se destinaria à sede do IAB.
LEGENDA FOTO - Nancy
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