Bristol, um novo cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de maio de 1976
Confirmado: dia 22, sábado, Curitiba ganha um novo cinema - o Bristol, na Rua Mateus Leme. O quase centenário prédio da família Hauer, que foi choparia, e teatro no início do século e que, após 1947, por iniciativa de Paulo Sá Pinto transformou-se no Cine Marabá, teve nova reforma, passando agora a integrar o circuito de casa de primeiro time da cidade.
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Em 1962, o cine Marabá já havia sofrido uma substancial reforma, quando teve sua frequência revitalizada. Entretanto, nos últimos anos a frequência do público vinha caindo, de forma que agora o exibidor Arnaldo Zonari, arrendatário da casa, investiu mais de Cr$ 300 mil, fazendo uma maquiagem completa. O cinema não muda apenas de nome, mas também de aspecto: de 900 para 600 poltronas, permitindo maior conforto, sistema de ar condicionado, nova decoração, uma sofisticada sala de espera e, o que é fundamental, a mais selecionada programação.
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Em sistema road-show - isto é, lançamentos de grandes filmes para permanecerem várias semanas em cartaz - o Bristol reabre sábado com "A Volta da Pantera Cor-de-Rosa", 1975, de Black Edwards, com música de Henry Mancine (já editada em lp no Brasil) com Peter Sellers vivendo o atrapalhado detetive Closeau. Depois, um vigoroso filme sobre a CIA: "Os 3 dias do Condor". "Barry Lyndon", a superprodução de Stanley Krubrick, também lançado no Bristol.
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A propósito de Kubrick: hoje é relançado (Vitória) seu filme mais famoso "2020 - Uma Odisséia no espaço" e, em julho, o Cinema 1, reprisa "Glória Feita de Sangue". Só fica faltando "Laranja mecânica". Mas este falta em todo o Brasil. E vai continuar faltando...
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