A Cidade & O Tempo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de outubro de 1974
Depois de ter passado em brancas nuvens a data do cinqüentenário da fundação da Rádio Clube Paranaense a terceira mais antiga do Brasil finalmente serão iniciadas as comemorações do importante acontecimento. Frei Pio assessor da diretoria da PRB-2 está organizando uma série de eventos a serem deslanchados a partir do dia 11 de novembro data em que a Rádio passou a ter sua programação regular - uma hora por dia, sintonizada na Curitiba de 1924, pelos primeiros ouvintes em seus radio-galenas.
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Foi às 11 horas da manhã do dia 27 de junho de 1924 na Mansão das Rosas (hoje abandonada e amaeaçada de ser demolida) na Avenida João Galberto, residência do ervateiro Francisco Fido Fontana (1884-1947) que a Rádio Clube Paranaense ainda sem prefixo e funcionando experimentalmente foi ao ar pela primeira vez. Outros curitibanos participaram do empreendimento e estiveram reunidos naquela histórica ocasião: Lívio G. Moreira, Ludovico Joubert, Euclides Requião, Bertholdo Hauer, os irmãos Alfredo e Oscar de Placido e Silva, Gabriel Leão de Veiga, Olavo Borio e Alberto Xavier de Miranda, todos integrantes da Sociedade. Na ocasião, foi eleita a primeira diretoria da Rádio, Fido Fontana na presidência; Livio Moreira na direção técnica e João Alfredo Silva na secretaria.
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Ao longo de seus [cinqüenta] anos a Rádio Clube teve várias sedes: começou na Mansão das Rosas passou pela residência do sr. Livio Moreira, esteve na antiga sede do Curitibano, ocupou um velho prédio na Rua Saldanha Marinho, até que, por gentileza do Governo, foi para o Alto do São Francisco, no simpático imóvel que hoje sedia a União Cívica Feminina. E só então recebeu o primeiro prefixo: PRAN.
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Coube a um paulista, sr. Francisco Severiano Justi, dar à Rádio a estrutura de Organização Comercial, a partir de 12 de novembro de 1933, quando chegou a Curitiba e encontrou os srs. Cid Luz e Arno Castilho, então diretores da rádio, em dificuldades. Mas esta e outras histórias serão contadas num boletim especial e mostrada na exposição que frei Pio e Marli Teresinha estão organizando.
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