A mansão das rosas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de janeiro de 1974
Nos corredores do Palácio Iguaçu se comenta muito a possibilidade do Estado adquirir a mansão da família Fontana, na Avenida João Gualberto, para ser residência oficial do governador. Já os oito herdeiros do valioso imóvel deverão reunir-se em Curitiba, dentro de alguns dias para tratar não da venda da casa mas sim da fraternal partilha dos móveis, objetos de arte e demais objetos que atulham as dezenas de cômodos do casarão, há 18 meses administrado pelo industrial Ildefonso Fontana. Construída há exatamente 140 anos, entre 1832-34, pelo ervateiro Caetano José Munhoz - e adquirida em 1872 por Francisco Fido Fontana, a mansão, no centro de um terreno de 11 mil metros quadrados (com um dos mais belos roseirais da cidade), apresenta hoje sérios problemas de conservação - com rachaduras nas centenárias paredes advindas do intenso tráfego na Avenida João Gualberto. De propriedade em regime de usos e frutos de dona Mercedes Fontana, 80 anos - hoje bastante doente e residindo na GB - a mansão - avaliada em Cr$ 12 milhões - faz parte da história da cidade e a possibilidade da mesma vir a ser demolida, passou a preocupar as pessoas sensíveis ao valor de nosso patrimônio histórico. Ildefonso Fontana vai mudar-se da casa em fins de fevereiro, já que a manutenção do Imóvel torna-se cada dia mais onerosa e difícil.
LEGENDA FOTO - Ildefonso: mansão
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