Sem concorrência
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 31 de janeiro de 1974
Sintoma de decadência carnavalesca: só restam duas das grandes lojas que tradicionalmente trabalhavam com artigos carnavalescos no mercado. São a Bandeirantes e a João Haupt, pois este ano, a Muggiati & Cia Ltda, fundada em 29 de março de 1889 e há poucas semanas vendida a Heisler, Saltz & Cia Ltda, também decidiu não mais vender confete, serpentina & fantasia - produtos com os quais trabalhava desde 1907 quando começou a fornecer artigos carnavalescos para o Clube Curitibano. Há três anos, o empresário Virgil Trifan, proprietário da Casa Edith, que desde sua inauguração, em 1917, fundada pelo comerciante Kalil Karam (1884-1949) era o famoso "QG de Momo", também abandonou a venda de artigos carnavalescos, chegando a doar o remanescente do estoque para a Prefeitura. A proibição em 1961 do lança perfume, segundo o Sr. Achilles Mugiatti, 62 anos, que a vendia desde 1913, foi o princípio do fim do movimento nas lojas de artigos carnavalescos, pois enquanto a roupa esporte substitui as fantasias, as serpentinas (Cr$ 250,00 de 20 quilos) se tornam cada vez mais raros nos salões.
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