Clássicos - A vez dos brasileiros
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de março de 1977
Cada vez que ouço um disco de música clássica, com intérpretes nacionais, lembro-me das palavras de Maurício Quadrio, durante 8 anos o diretor de projetos especiais na Phonogram, agora orientando o setor internacional da Odeom: "O artista que consegue a chance de fazer um disco de música clássica no Brasil tem a obrigação de gravar autores nacionais". Felizmente, depois que Quadrio provou que o brasileiro não teme a música clássica, vem aumentando as edições - para um público seguro e de alto poder aquisitivo. Assim, temos por exemplo um belíssimo elepê, com as "Bachianas Brasileiras nº 4" de Heitor Villa Lobos (1887-1959), interpretadas ao piano por Gilberto Tinetti e o "Trio 1960" do compositor gaúcho Brenno Blaut, 44 anos, na execução perfeita do Trio Juventude Música Brasileira, integrado por Luis Carlos Castro (piano), Wilhelm Martin (violino) e Antonio Guerra Vicente (cello). Na contracapa deste LP (Chantecler), 2-08-404-080, março/77), didáticas nota do musicólogo José da Veiga Oliveira. A mesma Chantecler reeditou um álbum historicamente da maior importância: a Orquestra de Câmara de São Paulo, sob regencia de Olivier Toni , interpretando Música Sul Americana do Século XVlll. Gravado em julho de 1965, há mais de 10 anos este disco estava esgotado e agora, relançado neste mês (Chantecler 2.08-404-081), temos oportunidade de conhecer no lado o trabalho de um autor anônimo da Bahia , datada de 1759, partidura
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