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Aramis

Do you speack english?

A matéria de capa da << Veja >> que está nas bancas é sobre o boom do ensino de inglês no Brasil. Analisando os vários cursos que existem no País e os esforços dos brasileiros em aprender a segunda língua, dois números fortes: 500.000 pessoas, de diferentes idades, estão estudando inglês. E no Brasil, já há um milhão de pessoas capazes de se expressar em inglês. xxx Para fecho da matéria, Hélio Teixeira, chefe da sucursal da << Veja>. no Paraná, contou o exemplo de Faruk El Khatib, como exemplo de um brasileiro que mesmo tendo um limitado conhecimento de inglês conseguiu convencer a Bob Guccione, da << Penthouse>., a assinar o contrato para que editasse a revista no Brasil - temporariamente suspensa desde setembro último. Diz << Veja >>: << Evidentemente, é sempre mais difícil, mas os ousados chegam lá. assim foi com Faruk Khatib, dono da Grafipar, editora baseada em Curitiba, Persistente, El Khatib tentou o Fisk, o Yázigi, o Cebel, o Interamericano, depois contratou professores particulares, mas admite, com honestidade, que seu inglês ainda é << meia-boca >>. Talves por isso, só em agosto de 1981 ele concluiu as negociações iniciadas em junho de 1980 com Bob Guccione, dono da << Penthouse >> americana para publicar a edição brasileira da revista. Por nove vezes ele foi a Nova Iorque e abriu a rodada de negociações com executivos americanos com a mesma frase: << My name is Faruk, speak slowly, please >> (<< Meu nome é Faruk, falem devagar, por favor >>). a << Penthouse>. brasileira deixou de circular em setembro passado, baleada por uma brusca queda na tiragem. Agora, ás vésperas de lançar um jornal diário em Curitiba, El Khatib parece ter esquecido tanto os seios fartos e pernas bem torneadas que recheavam a revista quanto seus cursos de inglês. Mas permanece agarrado à certeza de que aprender um segundo idioma é indispensável e jura que vai obrigar todos os seus filhos a matricularem-se num curso. El Khatib recorda suas temporadas em Nova Iorque e faz uma promessa: - Eles vão saber inglês na marra. >> xxx Original mesmo é o método que o americano Phil Young encontrou para o seu curso - e é uma pena que Hélio Teixeira não o tivesse visitado, pois, por certo, o incluiria em sua reportagem. Young, um afinado cantor que conhece o repertório dos melhores compositores americanos, transformou a sala de visita de sua casa, na Alameda Princesa Isabel, numa sala de aula na qual desenvolve um método dinâmico e personalizado. Cada cadeira - daquelas de formato de << diretor de cinema >> tem um político patrono, nas paredes há posters dos mais variados e as aulas, muitas vezes, são entremeadas de saraus musicais. Liberdade e criatividade, Phil só é implacável numa regra: - Ninguém fala português. a fórmula funciona tanto que Phil está sendo obrigado am, contragosto, levantar às 6 horas da manhã para atender a todos os alunos que o procuram. E há uma fila de espera por faturas vagas. FOTO LEGENDA - El Khatib: << speack slowly >>.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
20/10/1983

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