Eduardinho & o turismo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de março de 1977
Após passar 3 anos em Paris especializando-se em turismo, através de estágios e até cursos de demografia e sociologia na Sorbonne, Eduardo Pereira, 32 anos, de volta a Curitiba, assumiu há duas semanas a coordenação do setor de recepção e hospedagem no SENAC. Unindo a uma notável habilidade e diplomacia, também sólida experiência no setor, Eduardinho está com muitos e positivos projetos que, podendo deslanchar, façam com que Curitiba deixe a idade da pedra em termos de turismo na qual está mergulhada há muitos anos.
A primeira decepção de Eduardo Pereira foi constatar que, com exceção de um tímido curso de informações turísticas para os motoristas de táxi, idealizando pelo arquiteto Jaime Lerner, quando prefeito de Curitiba, e desenvolvido em convênio com o Senac, nada mais existe em termos de treinamento. Assim mesmo a frequência ao curso do Taxitur só é feita pela obrigatoriedade imposta pelo departamento de concessões da Prefeitura aos motoristas. Caso contrário não teria alunos.
Eduardinho está planejando alguns cursos intensivos, sendo sua meta treinar pessoal em todas as áreas carentes em turismo. Aliás, a falta de pessoal especializado é geral, haja vista a briga de foice na hotelaria: cada vez que abre um novo estabelecimento, os melhores elementos dos concorrentes são atraídos por melhores salários. E com isso há constantes desfalques nos quadros dos hotéis antigos.
Falando em turismo, pelo menos três agências estão cerrando suas portas. Duas delas trabalhavam especialmente com viagens internacionais, que caíram em mais de 80% desde que o governo baixou a lei do depósito compulsório - hoje já na casa dos Cr$ 16 mil.
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