Eleições thalianas
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de fevereiro de 1978
Pelo menos mais de 150 sócios da Thalia que há muitos anos não chegavam à sede urbana, ali compareceram, ontem, para votar. O surgimento de uma chapa oposicionista, reunindo nomes expressivos, motivou que antigos associados, praticamente afastados do velho clube, reaparecessem, para exercerem o salutar exercício do voto direto, numa opção para renovar os quadros dirigentes da entidade fundada em 1984 - e que dispõe, hoje, de um patrimônio de quase Cr$ 100 milhões.
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Grandes filas se formaram, principalmente entre às 11 e 13 horas, havendo reclamações pela falta de maior número de mesas para votação. Tanto a oposição como a situação montaram sólidos esquemas de divulgação e persuasão, com muitas pessoas, na frente do clube, procurando convencer os indecisos.
O presidente José Vieira Sibut, preocupado e sisudo, recusava-se a querer cumprimentar os associados que, declaradamente, apoiaram a oposição. Em compensação a chapa Pedro Viriato Parigot de Souza teve muitas adesões, de pessoas que, espontaneamente, colaboravam, acreditando em sua plataforma.
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O advogado Percy Alfredo Tiemann, que como candidato a vereador pelo MDB, nas últimas eleições foi denunciado por ter iniciado a campanha antes do prazo (processo que acabou sendo arquivado, já que ele provou que 27 arenistas também, já estavam em campanha), era um dos que mais trabalhava, ontem, pela chapa oposicionista. Distribuindo canetas - e não escondendo que vai disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, Percy repetia: "Sempre pela oposição". Mesmo que Sibut seja reeleito, o grupo oposicionistas vai se manter coeso e fiscalizar melhor a administração.
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