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Aramis

Entre as 200 maiores, 4 empresas são do Paraná

Se entre as 200 maiores empresas brasileiras existem apenas quatro do Paraná, em compensação elas são constante e permanecem neste quadro desde que a "Visão" iniciou - e lá se vão quase 20 anos - o mais respeitado levantamento da economia brasileira. Antecipando a edição do "Quem é Quem na economia brasileira" - previsto para final do mês, e que, a exemplo dos anos anteriores terá também uma publicação, no que se refere à presença de nosso Estado, através de suplemento em O Estado do Paraná - revista "Visão" (nº 38, ano xxxV, edição de 3/9/86, Cz$ 19,00) traz uma espécie de aperitivo do levantamento que sua equipe de analistas prepara anualmente sobre o comportamento da economia brasileira. xxx O Paraná está representado mais uma vez pelas ótimas classificações da Copel - Companhia Paranaense de Energia Elétrica, em 32º lugar; C. R. Almeida S/A - 42º; Telepar - 55º; e Cia. de Cimento Portland Rio Branco (134º), embora esta última, mesmo sediada no Paraná, integra um grupo nacional (Votorantim). xxx A listagem do "Quem é Quem" mostra, à primeira vista, que a lucratividade das empresas foi menor em 1985, em relação a 1984. "No entanto, adverte a publicação, uma análise mais detida revela que os segmentos das empresas privadas nacionais e estrangeiras obtiveram bons lucros, no período, enquanto as estatais, apresentou sérios prejuízos e foi isso que pesou, decisivamente, na rentabilidade das duzentas". A economia brasileira em 1985 voltou a crescer no rítmo dos tempos do milagre. O Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu nada mais nada menos que 8,3%, contra os já muito bons 4,5 de 1984, que, por sua vez, pôs fim ao período de crise de 1981 a 1983. Esse resultado foi obtido graças ao comportamento da agropecuária, que cresceu exatos 8,8% (isso não ocorria desde 1977), indústria com 9,0% e comércio, com 8,7%. xxx A maior empresa brasileira por patrimônio é a Eletrobrás, com 75,8 trilhões de cruzeiros, contra 22,3 trilhões do ano anterior. A Eletrobrás e as três empresas seguintes mantiveram suas posições no ranking. Elas são: Rede Ferroviária Federal, Petrobrás e Telebrás. O quinto lugar, que em 1984 pertenceu à Siderbrás, passou a ser agora da Companhia Vale do Rio Doce. Até o 22º lugar da lista só são encontradas empresas estatais. A primeira nacional privada a aparecer é a Camargo Corrêa, com um patrimônio líquido de 7,5 trilhões de cruzeiros. A multinacional mais bem colocada no ranking é a Shell, no 35º lugar, com um patrimônio de 4,8 trilhões de cruzeiros. No ano passado, a Shell figurava em 38º lugar e a Camargo Corrêa em 27º. Por vendas, a classificação muda substancialmente. As dez primeiras, do maior faturamento para o menor, são: Petrobrás, Petrobrás Distribuidora, Shell, Esso, Eletrobrás, Volkswagem, Companhia Vale do Rio Doce, Companhia Brasileira de Distribuição, Ford e Texaco. Quatro estatais, cinco estrangeiras e apenas uma nacional privada (Brasileira de Distribuição), empresa líder do Grupo Pão de Açúcar. Observa-se, assim, a força do binômio petróleo-automóveis nessa classificação. xxx As dez maiores por lucro líquido são: Petrobrás, Telebrás, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, Embratel, Camargo Corrêa, Telesp, Andrade Gutierrez, Paranapanema e Mercedes Benz. Aqui, as estatais voltam a fazer demonstração de sua poderosa força. No lado oposto, o dos prejuízos, a listagem do maior para o menor, ficou assim: Siderbrás, CSN, Companhia Siderúrgica de Tubarão, Nuclebrás, Cosipa, Acesita, Caraiba Metais, Itaipu Binacional e BNDESpar. "Todas empresas estatais, sendo seis delas ligadas à siderurgia, comprovando que a fixação de preços pelo governo abaixo dos que prevaleceriam em um mercado livre é um desastre econômico" acentua a revista Visão. Do total das 200 maiores, 67 empresas estão sediadas em São Paulo, 47 no Rio de Janeiro, 23 em Minas Gerais, doze no Distrito Federal, onze na Bahia, nove no Rio Grande do Sul, oito em Santa Catarina, cinco em Pernambuco, quatro no Paraná, quatro no Pará, quatro no Espírito Santo, duas no Ceará e uma em Alagoas, Amazonas, Goiás e Rio Grande do Norte.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
11/09/1986

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