Falta perseverança mas a crise de vocações diminui
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de julho de 1989
Dom Pedro Fedalto não se mostra pessimista em torno de tão propalada crise de vocações. Embora admita que falte perseverança nos jovens seminaristas - e que estes sejam cada vez mais tentados a abandonar a carreira religiosa, lembra também que há um número razoável de jovens chegando a ordenação, "levados pela fé e disposição de desenvolverem uma missão pastoral".
- "Obviamente, que hoje a visão do mundo - e por conseqüência da Igreja - é bastante diferente daquela de 30, 40 anos passados... hoje, dos 130 seminários - muitos com o nome de casa de formação - existentes no Paraná, 43 estão em Curitiba.
Existem em tão grande número porque o Arcebispo concorda com as instalações de novos seminários, de diferentes ordens, vendo com liberalidade. Em muitas Dioceses não ocorre o mesmo".
Em 15 anos, acredita Dom Pedro Fedalto, haverá uma renovação do Clero, com novos padres hoje em formação. Hoje, o Paraná tem 16 Dioceses Territoriais e uma Diocese Pessoal - a da Igreja de Ucranianos, que atende todos os membros desta comunidade, independente da localização geográfica dentro do Estado.
No Paraná, a presença dos negros no clero é ainda insignificante. No ano passado, Dom Pedro ordenou um primeiro padre de cor negra, designado para a paróquia da Vila Hauer. Em todo o Brasil, entre 13 mil padres não passam de 300 os de cor negra - um número baixo considerando Estados de predominância da raça negra - como a Bahia.
Entre os orgulhos de Dom Pedro está o fato de que quando Dom Manoel da Silveira Delboux assumir o Arcebispado havia apenas 6 paróquias em Curitiba. Ele criou 53. Idêntico número que Dom Pedro, a partir de 1971, já instalou - fazendo assim chegar a 131 o número de paróquias da Arquidiocese.
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