Já que Raiz não faz...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de março de 1978
Aquilo que a Prefeitura deveria fazer - mas não faz - é suprido pela iniciativa privada. Há 10 anos que, com o alargamento da Rua Cruz Machado, na esquina da Alameda Cabral, ficou uma sobra de terreno, da qual o município apoderou-se. Ficou em poder da Prefeitura, mas nunca foi dado um aproveitamento a estreita faixa. Que servia apenas para ninho de cobras & aranhas, entre as pedras e montes de lixo no local.
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Sugestões foram feitas para que ali instalasse um painel artístico, a exemplo do que, na administração Jaime Lerner, enfeitou a Rua Visconde de Nacar - e que depois de ser destruído por vândalos, foi refeito, graças a um projeto do incansável Ivens de Jesus Fontoura. Infelizmente, todas as sugestões encaminhadas a respeito cairam no vazio.
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Agora, há poucas semanas, o proprietário de uma loja de artigos de escritórios, Raravel, que fica ao lado daquela faixa de terreno, teve uma feliz idéia: mandou limpá-lo e pintou o local com as mesmas cores de sua loja. Ganhou esteticamente em seu ponto e salvou a esquina, em termos visuais. Mas nem por isso recebeu sequer um oficial de agradecimento da Prefeitura que deveria, há muito tempo, ter aproveitado a área.
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Fala-se que no início da Rua Nestor Victor (Estrutural), próximo á galeria Júlio Moreira, será executado um novo painel gigantesco, com a colaboração de estudantes de arquitetura e belas artes. Não será sem tempo.
FOTO LEGENDA- Nhô Belarmino e Nhá Gabriela
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