Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de fevereiro de 1974
A Brasiliense criou uma curiosa coleção: "Contos Jovens". Em pequenos volumes, vendidos a preços inferiores as revistas e oferecendo como complemento o "Manual do professor", para orientar os mestres na utilização didática destes trabalhos, trata-se de uma válida coleção para difundir os nossos melhores contistas - já que, felizmente nem só de Dalton Trevisan vive a "short story" no Brasil. Muito pelo contrário, há uma plêiade de autênticos valores que os concursos da Fundepar tem premiado e que, apesar das dificuldades que encontram para editar seus trabalhos, aos poucos vão sendo mais conhecidos. No volume 2 desta série "Contos Jovens", temos os seguintes trabalhos: "Afinação da Arte de Chutar Tampinhas" de João Antônio, um dos mais vigorosos escritores paulistas, autor do hoje clássico "Malagueta, Perus e Bacanaço" editado há 10 anos pela Civilização Brasileira. De Maximiano Campos é "O Rei, o Cangaceiro e o Astronauta", de Luiz Vilela - vigoroso contista mineiro, já premiado pela Fundepar, autor de "No Bar" (contos) e "Os Noivos" (romance), foi selecionado "Amanhã eu Volto". Do paranaense Wilson Rio Appa, dramaturgo, diretor, advogado do Estado e homem do mar - há anos radicado em Antonina, com alguns livros já editados pela Brasiliense (inclusive "A Revolução dos Homens") temos "A Alegria da Doca...Ah! A Alegria da Doca". Do grande Lima Barreto temos o clássico "A Nova Califórnia". Completando a obra, autores menos conhecidos, mas igualmente importante: Roberto Grey ("Pais Finados"), Antônio Carlos Braga ("O Domingo Vai Bem"), Antônio Milton da Silva ("O Menino que Achou um Arco-Íris"), Dirceu Câmara Leal ("Tango") e Ricardo Ferraz Vespucci ("O Local do Acidente Era o meu Lugar").
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