Livro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 14 de março de 1974
Não há dúvidas de que Érico Veríssimo pode se considerar um homem realizado: consagrado como um dos mais importantes escritores (vivos) deste País, vivendo tranquilamente em sua Porto Alegre de seus (grandes) direitos autorais, fazendo a sincera revisão de sua vida em livros de memorias que chegam nas listas de best-seilers uma semana após sairem da gráfica ("Solo de Clarineta", Globo, 73). Tem agora também certeza de que deixa também uma herança literária na família: Luiz Fernando Veríssimo, seu filho mais velho, é um dos mais apreciados cronistas dos leitores da "Folha da Tarde", de grande penetração no meio universitário. E, numa "traição" a editora que seu pai construiu - a do Globo, ele acaba de reunir algumas de suas crônicas "ou coisa parecida" num delicioso lançamento da Livraria José Olympio Editora. Na capa, dois bonecos ilustram o balão que dá o recado-título: "O nome deste livro é O Popular - são crônicas ou coisa parecida. O nome do autor e Luís Fernando Veríssimo (que também é ocupado dos desenhos)". Dividido em quatro "seções"- "O Popular", "Americanos Imaginários", "Figado e Coração" e "Faz de Conta", o livro reúne textos publicados na "zero Hora" e "Folha da Manhã", entre 1969-72. Na introdução, algumas dicas sobre o autor: gaúcho de 38 anos, com cursos no Theodore Roosevelt High School, em Washington, foi até músico semiprofissional "tocando o saxofone, no qual chega a ser chamado de "o segundo Panderiwski". Morou também no Rio "e aí teve a sua primeira experiência literária: as cartas que escrevia para o pai contando das suas dificuldades na cidade grande e pedindo dinheiro são considerados na família pequenas obras-primas da ficção sentimental". Jornalista redator da MPM e cronista também da Rádio continental "tem 2 filhas um filho e uma Variant, nenhum dos quais está pago".
Enviar novo comentário